A rede nacional de laboratórios colaborativos (CoLAB) passou a integrar mais nove estruturas distribuídas por vários pontos do país, incluindo o Algarve, aprovadas no âmbito deste projeto que já criou 466 empregos qualificados desde 2017, anunciou este sábado o Governo.
“Os novos CoLAB atuam em áreas estratégicas como a saúde e o envelhecimento, hidrogénio verde, águas termais, ciência de dados, aquacultura sustentável e turismo, contribuindo para reforçar os objetivos da implementação de agendas de investigação e inovação, de relevância internacional e impacto nacional”, adiantou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Com esta aprovação, a rede nacional passa a contar com 35 laboratórios, que mobilizam cerca de 300 entidades, incluindo mais de 120 empresas, e que se dedicam ao desenvolvimento de investigação e inovação em áreas como o agroalimentar, o clima, o espaço e oceanos, a biodiversidade, a energia, a saúde, os serviços sociais e a economia circular.
“O processo lançado em 2017 de criação e promoção de “Laboratórios Colaborativos – CoLAB” através do Programa Interface tem tido como objetivo principal criar, direta e indiretamente, emprego qualificado em Portugal em estreita associação com a valorização social e económica do conhecimento”, adiantou o Ministério.
Os novos CoLAB estão localizados em Faro, em Coimbra, no Porto, em Chaves e na área metropolitana de Lisboa.
Segundo a mesma fonte, este programa prevê uma seleção anual dos laboratórios, após a avaliação por peritos internacionais das agendas de investigação e de inovação orientadas para a criação de valor económico e social.
“Até ao final de 2020, o financiamento público disponibilizado, através de fundos nacionais e comunitários, para a criação e promoção de “Laboratórios Colaborativos – CoLAB” ascendeu a 68,6 milhões de euros, tendo já contribuído para a criação direta de 466 empregos altamente qualificados, 33% dos quais são ocupados por doutorados”, assegurou ainda o Ministério liderado por Manuel Heitor.
O estatuto de laboratório colaborativo é atribuído pela Fundação para Ciência e a Tecnologia por um período de cinco anos, que pode ser renovável, estando o seu acompanhamento a cargo da ANI – Agência Nacional de Inovação, “tendo por base as melhores práticas internacionais, incluindo o acompanhamento pelo painel de peritos internacionais”, referiu o Ministério.