Portugal ultrapassou hoje os máximos de óbitos e internamentos por covid-19 desde o início da pandemia com o registo de 46 mortos e 2.255 doentes internados, 294 dos quais em cuidados intensivos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico da DGS hoje divulgado, Portugal regista hoje 2.506 casos, abaixo dos 3.062 notificados no domingo, e 146.847 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, além de 2.590 óbitos.
Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir desde há mais de uma semana, sendo agora de 2.255 pessoas, mais 133 do que no domingo, dos quais 294 (mais 10) estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
Das 46 mortes registadas, 20 ocorreram na região Norte, 17 em Lisboa e Vale do Tejo, seis na região Centro e uma no Alentejo, no Algarve e na Madeira, respetivamente.
Até hoje o dia 30 de outubro, com o registo de 40 vítimas mortais, tinha sido o momento com maior número diário de óbitos desde o início da pandemia.
Relativamente às novas infeções, o valor de hoje é o mais baixo dos últimos sete dias, período em que se verificou um crescimento exponencial de contágios e no qual foi atingido o máximo de novos casos (4.656, na sexta-feira) desde março.
No que respeita aos internamentos, na primeira fase da pandemia Portugal registou um máximo em abril com 1.302 pessoas internadas. Esse valor foi superado em 22 de outubro, com a existência de 1.365 casos de internamento, estando agora a ser consecutivamente ultrapassado nos últimos dias, atingindo hoje o ‘pico’ de 2.255.
Quanto aos cuidados intensivos, o boletim de hoje revela que 294 pessoas estão nestas unidades, ultrapassando o valor máximo de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos registado no passado sábado, dia em que 286 pessoas estavam nestas unidades com covid-19.
As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 66.428 pessoas, mais 1.623 pessoas nas últimas 24 horas.
A DGS revela ainda que estão ativos 60.963 casos, mais 937.
Nas últimas 24 horas foram dados como recuperados 1.523 casos, totalizando 83.294.
Portugal regista esta segunda-feira o dia mais negro da pandemia de covid-19: 46 pessoas morreram vítimas da doença
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, hoje com mais 1.202 casos, totalizando 66.145, e 1.151 mortos, dos quais 20 nas últimas 24 horas.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 845 novos casos de infeção, contabilizando a região 61.064 casos, e 1.021 mortes, das quais 17 nas últimas 24 horas.
Na região Centro registaram-se 333 novos casos, contabilizando 13.050, e 323 mortos (mais seis em relação à véspera).
No Alentejo foram registados 46 novos casos de infeção, totalizando 2.854, com um total de 50 mortos (mais um).
A região do Algarve tem hoje notificados mais 66 casos de infeção, somando 2.904 casos, e 29 mortos (mais um).
Na Região Autónoma dos Açores foi registado mais um caso nas últimas 24 horas, somando 371 infeções detetadas e 15 mortos desde março.
A Madeira registou 13 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 459 infeções, e o seu primeiro óbito desde o início da pandemia.
Os internamentos continuam a aumentar: há mais 133 pessoas internadas em ambulatório (2.255 no total) e mais dez em unidades de cuidados intensivos (294)
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 66.617 homens e 80.230 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.320 eram homens e 1.270 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Sobre os casos por concelho, a DGS deixou esta segunda-feira (dia 2 de novembro de 2020) de os divulgar. Recorda-se que eram atualizados só às segundas-feiras.
———————————————————
Informação incompleta sobre os casos Covid-19
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2879 (DGS apresenta hoje 2.904), com 36 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 29).
À data de domingo, dia 1 de novembro, os concelhos de Loulé, Albufeira e Faro apresentavam o maior número de casos confirmados.
Quanto aos casos ativos e de recuperados por concelho, os dados estão incompletos e estão no gráfico assinalados com * nos concelhos em que não há acesso à informação.
Estes dados baseiam-se nas informações disponíveis da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias que disponibilizam essa informação.
RELACIONADO:
Algarve tem 59 novos casos covid-19 e Alentejo mais 74 e dois óbitos
Covid-19: São Brás de Alportel surpreendido com inclusão em lista de “alto risco de contágio”
Há mais de 500 escolas com casos confirmados das quais 34 no Algarve [Ver lista]
Covid-19: São Brás de Alportel entre os 121 concelhos que vão entrar em confinamento parcial
E AINDA:
Por favor, não compre Pugs, Shitzu e Buldogues
Curiosidade: O que significa ter uma fita amarela na trela do cão?
Vídeo reproduz em humanos o sofrimento causado por fogos de artifício em animais
Saiba como proteger os cães do barulho do fogo de artifício
Convívio com gatos pode aumentar imunidade contra a covid-19
DIARIAMENTE, AS NOTÍCIAS MAIS RELEVANTES SOBRE COVID-19
DGS descarta novas regras para escolas, “locais relativamente seguros”
A diretora-geral da Saúde descartou hoje a aplicação de novas regras para as escolas na prevenção da pandemia da covid-19, salientando que têm sido “locais relativamente seguros”.
Questionada na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia em Portugal, Graça Freitas indicou que “felizmente, e por motivos que não se sabem mas têm também a ver com a idade das crianças e a sua capacidade de se infetarem e infetarem os outros”.
“As escolas têm sido locais relativamente seguros. Têm acontecido casos mas não têm sido grande fonte de transmissão, sobretudo escolas com crianças mais pequenas, que de facto não contraem nem transmitem muito a doença”, afirmou.
“À medida que as crianças vão crescendo, os adolescentes e os jovens vão-se aproximando de um padrão parecido com o dos adultos”, reconheceu.
Medidas como decidir adoção de aulas à distância tornam-se mais fáceis no ensino superior, “por um lado porque essas pessoas já têm um padrão parecido com o dos adultos, como conseguem autonomamente seguir formas de ensino à distância”.
A diretora-geral da Saúde apontou que mais do que novas regras, importa “comunicar melhor essas regras à comunidade educativa e à comunidade da saúde”, quer as regras de prevenção quer os procedimentos a adotar quando existam casos.
Itália prepara recolher obrigatório noturno e restrições de viagens
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, deverá anunciar hoje um recolher obrigatório noturno nacional e restrições de viagens para algumas regiões do país, de acordo com o risco que representam para a saúde.
“Continuemos unidos neste momento dramático”, apelou hoje Giuseppe Conte num discurso na Câmara dos Deputados, consultada – tal como as regiões italianas – sobre um novo decreto de medidas de combate à propagação do vírus que provoca a covid-19.
“A prioridade é a defesa da saúde”, afirmou ao declarar-se plenamente consciente da “ira dos cidadãos”, referindo-se às violentas manifestações dos últimos dias contra mais restrições, em algumas cidades do país.
Segundo Conte, este não é o momento para impor um segundo confinamento geral em Itália, mas o Governo pretende adotar, a nível nacional, “limites à circulação de pessoas à noite”.
A Itália vai distinguir “três zonas de risco” que terão medidas restritivas de gravidade gradual.
A colocação de uma região numa dessas categorias será decidida pelo Ministério da Saúde, levando em consideração o índice de transmissão do vírus, a presença de focos de contágio e a taxa de ocupação de camas nos hospitais.
As viagens para regiões de risco serão limitadas, exceto por motivos de saúde, trabalho ou estudo.
Além disso, o país também prevê introduzir outras medidas a nível nacional como mais ensino à distância, capacidade máxima reduzida para 50% nos transportes públicos, encerramento de centros comerciais aos fins de semana, encerramento de museus e exposições e proibição de jogos de vídeo em bares e cafés.
Há uma semana, a Itália fechou os cinemas, teatros, ginásios e piscinas e proibiu os restaurantes e bares de receberem clientes depois das 18:00.
“Ontem [no domingo] 1.939 pessoas estavam nos cuidados intensivos”, ou seja, “um pouco mais da metade das camas ativadas” em Itália, apontou o chefe do Governo os deputados.
“A situação é grave em todo o território nacional”, mas mais particularmente em algumas regiões, acrescentou.
A Itália registou no domingo 27.907 novos casos de infeções em 24 horas, elevando o total de casos para 709.335 desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde.
O número de mortes com covid-19 entre sábado e domingo foi 208, passando a um total de 38.826 óbitos.
O país, que chegou a ser o epicentro da pandemia na Europa, voltou a ter menos de 30.000 novas contaminações diárias, após dois dias a ultrapassar essa fasquia, mas a redução pode dever-se também a uma diminuição no número de testes: 183.457, no sábado, comparando com 215.085, na sexta-feira.
A Lombardia é a região mais afetada pela pandemia, com 8.607 novas infeções, seguida da Campânia (3.860), Toscana (2.379), Lazio (2.351) e Veneto (2.300).
Surto em lar no Carregado com 72 infetados e duas mortes
O surto no Lar do Centro Social e Paroquial do Carregado, em Alenquer, passou de 29 para um total de 72 infetados pela covid-19, registando-se ainda duas mortes e três recuperados, disse hoje o delegado de saúde.
Pompeu Balsa afirmou à agência Lusa que, como o surto foi detetado numa fase muito inicial, as autoridades de saúde decidiram, na semana passada, efetuar novos testes a 47 utentes que no primeiro teste tiveram resultado negativo.
Após serem conhecidos os resultados dos segundos testes, a instituição aumentou o total de infetados de 29 para 77, dos quais 72 estão ativos. Além disso, dois residentes morreram e três funcionários recuperaram.
Entre os utentes, oito estão internados em hospitais e a maioria está assintomática, acrescentou o delegado de saúde.
Nesta fase, acrescentou, “o surto está controlado”.
Três dos funcionários, trabalhadores da cozinha, que se encontram recuperados, já se encontravam infetados desde o início do mês de outubro, antes de o surto ter surgido.
Apesar de não pertencerem à mesma cadeia de contágio, uma vez que não prestavam assistência direta aos utentes, acabaram de ser englobados na estatística, esclareceu o responsável.
Os utentes foram separados em alas diferentes, em função de terem um resultado negativo ou positivo para o novo coronavírus, seguindo as orientações do plano de contingência da instituição.
Foi solicitado à Segurança Social o reforço de meios para fazer face à falta de funcionários, por se encontrarem em isolamento profilático a recuperar.
Desde o início da pandemia, Alenquer, no distrito de Lisboa, contabiliza 707 casos de infeção confirmados, dos quais 303 estão ativos. Outras 395 pessoas recuperaram e sete morreram.
Chega recusa “confinamento total” e quer Estado a pagar perdas das empresas
O Chega recusou hoje um “confinamento total” para responder à pandemia, como aconteceu em março, e defendeu apoios do Estado aos setores afetados por um novo estado de emergência para evitar uma “verdadeira tragédia” na economia.
À saída de um encontro com o Presidente da República, o líder e deputado do Chega, André Ventura, remeteu para mais tarde a posição, em concreto, do partido quanto a um novo estado de emergência, pedido pelo Governo, mas excluiu alguns cenários.
Para André Ventura, o novo estado de emergência “não pode implicar um novo confinamento, como aconteceu em março e tem que ser bem explicado”.
“Um novo confinamento mais alargado pode ser fatal para toda a estrutura empresarial portuguesa, para a classe média, para todos os negócios e a economia em geral”, disse.
Se em março foi possível pedir “às empresas que mantivessem os postos de trabalho, apesar das restrições, desta vez não” é possível “pedir a mesma coisa e, afirmou, o Estado “tem que avançar com um plano, como está a ser feito na Alemanha e noutros países, para cobrir as perdas destes sectores”, em “50%, 60% ou 70%”.
“Caso contrário, o que vamos ter em Portugal é uma verdadeira tragédia, com falência atrás de falências e com os principais sectores da atividade económica a entrarem em derrocada”, argumentou, depois de uma reunião com o Presidente, integrada numa ronda de audiências com os partidos sobre o novo estado de emergência.
A ser adotado, é bom que “seja bem explicado”, “sem longas apresentações do primeiro-ministro, com slides atrás, com milhares de palavras” e “é bom que a economia” seja protegida, afirmou ainda.
André Ventura também dúvida da eficácia do recolher obrigatório, dado que noutros países onde foi adotado não obteve os resultados desejados.
O primeiro-ministro propôs hoje ao Presidente da República que seja decretado o estado de emergência “com natureza preventiva” para “eliminar dúvidas” sobre a ação do Governo para a proteção dos cidadãos em relação à pandemia da covid-19 em quatro áreas.
As quatro dimensões em que o executivo pretende um quadro jurídico mais robusto são as restrições à circulação em determinados períodos do dia ou de dias de semana, ou, ainda, entre concelhos; a possibilidade de requisição de meios aos setores privado e social da saúde; a abertura para a requisição de trabalhadores (seja no público ou no privado), alterando eventualmente o seu conteúdo funcional, para auxiliarem em missões consideradas urgentes no combate à pandemia; e a legalidade da recolhe de temperatura, seja no acesso ao local de trabalho, seja no acesso a qualquer outro espaço público.
Depois de receber o primeiro-ministro, o Presidente da República está hoje a ouvir os nove partidos com assento parlamentar.
O estado de emergência vigorou em Portugal no início desta epidemia, entre 19 de março e 02 de maio.
De acordo com a Constituição, a declaração do estado de emergência pode determinar a suspensão de alguns dos direitos, liberdades e garantias, por um prazo máximo de 15 dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.
A sua declaração no todo ou em parte do território nacional é uma competência do Presidente da República, mas depende de audição do Governo e de autorização da Assembleia da República.
Costa pede ao PR estado de emergência mais extenso e com objeto mais limitado
O primeiro-ministro afirmou hoje que pediu ao Presidente da República um estado de emergência com uma natureza preventiva, com um objeto mais limitado do que os anteriores, mas tendo uma maior extensão em termos temporais.
Esta posição foi transmitida por António Costa no Palácio de Belém, depois de ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa – audiência que durou 50 minutos em vez dos 30 minutos inicialmente previstos.
De acordo com o primeiro-ministro, nesta audiência, o Governo comunicou ao Presidente da República que se “justifica que seja decretado um estado de emergência com um quadro bastante mais limitado em termos de objeto” face aos que vigoraram em março e abril” para o combate à pandemia da covid-19.
“Mas, provavelmente, este estado de emergência deverá ter uma extensão superior aos 15 dias que a Constituição limita. Portanto, à partida deve ser assumido como sendo periodicamente renovado, de forma a que as ferramentas permitam continuar a pandemia, quando sabemos que este mês de novembro vai ser particularmente difícil e muito duro. Devemos continuar a registar um número muito significativo de novos casos, com mais pessoas internadas e, seguramente, teremos a lamentar um maior número de perdas de vida do que se verificaram nos meses anteriores e, inclusivamente, na primeira vaga [da covid-19], justificou o líder do executivo.
Ou seja, para o primeiro-ministro, o país “está num momento crítico” e, por isso, “a declaração de estado de emergência deverá ter como efeito um reforço da consciência cívica face à emergência sanitária que Portugal enfrenta”.
Cirurgias suspensas e mais dois infetados devido a 2.º surto no hospital de Beja
As cirurgias programadas estão suspensas no hospital de Beja e há mais dois profissionais infetados devido ao segundo surto de covid-19, que regista 16 infeções no total, disse hoje à Lusa fonte da unidade local de saúde.
Devido a este segundo surto no hospital, só decorre a atividade cirúrgica de urgência, explicou a fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Segundo a fonte, com os dois novos casos de infeção pelo vírus que provoca a doença covid-19 confirmados, ambos assistentes operacionais do hospital, subiu de 14 para 16 o número total de infeções.
Entre os 16 infetados, há 10 profissionais de saúde dos serviços de Medicina, Urgência Geral e Endoscopia, nomeadamente seis enfermeiros e quatro assistentes operacionais, todos em isolamento em casa, e seis doentes.
A Unidade de Saúde Pública da ULSBA determinou a colocação de mais 32 profissionais de saúde do hospital em vigilância ativa com isolamento profilático, o que fez subir de 42 para 74 o número de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais naquela situação.
Segundo a ULSBA, devido ao número de profissionais ausentes por estarem infetados ou em vigilância ativa, os serviços afetados adaptaram os respetivos modos de funcionamento, “não se tendo procedido ao encerramento de qualquer serviço ou camas de internamento”.
No entanto, a Unidade de Endoscopia Digestiva fechou na passada sexta-feira para uma ação de desinfeção e reabriu e retomou o funcionamento hoje.
De acordo com a fonte da ULSBA, o segundo surto no hospital de Beja, que foi divulgado na passada quinta-feira, teve origem numa doente internada numa enfermeira de um piso do hospital fora da área dedicada à covid-19 e que tinha feito um teste de despiste do vírus da covid-19 com resultado negativo antes do internamento.
Já internada, a doente começou a ter sintomas compatíveis com covid-19 e fez um segundo teste, que deu resultado positivo, explicou a fonte, referindo que, após a confirmação da infeção, foram feitos testes a outros doentes e a profissionais de saúde, o que permitiu detetar os restantes 15 casos de infeção já confirmados.
De acordo com as orientações da Unidade de Saúde Pública da ULSBA, também já foram feitos testes a todos os profissionais de saúde e doentes do serviço de Internamento de Cirurgia.
O processo de monitorização diária do segundo surto no hospital de Beja envolve a Unidade de Saúde Pública, o Serviço de Saúde Ocupacional e o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos da ULSBA.
Para garantir a segurança de todos e a manutenção da confiança institucional e cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde, a ULSBA reforça “a importância do distanciamento físico, da higienização das mãos e do uso de máscara de proteção”.
O primeiro surto no hospital de Beja, que foi identificado em 24 de setembro e considerado ultrapassado em 21 de outubro, infetou 36 profissionais de saúde, todos já recuperados e a trabalhar.
Governo pede estado de emergência para limitar deslocações e requisitar meios de saúde
O primeiro-ministro invocou hoje a necessidade de estado de emergência para “robustecer” juridicamente a resposta em quatro dimensões contra a covid-19, designadamente a limitação de circulação e requisição de meios aos setores privado e social da saúde.
Essas quatro razões foram apresentadas por António Costa após ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, a quem propôs o regresso ao estado de emergência com “uma natureza preventiva”, visando eliminar dúvidas de ordem jurídica.
As quatro dimensões em que o executivo pretende um quadro jurídico mais robusto passam pelas restrições à circulação em determinados períodos do dia ou de dias de semana, ou, ainda, entre concelhos; a possibilidade de requisição de meios aos setores privado e social da saúde; a abertura para a requisição de trabalhadores (seja no público ou no privado), alterando eventualmente o seu conteúdo funcional, para auxiliarem em missões consideradas urgentes no combate à pandemia; e a legalidade da recolhe de temperatura, seja no acesso ao local de trabalho, seja no acesso a qualquer outro espaço público.
“Com esta proposta, o Governo quer robustecer do ponto de vista jurídico medidas para impor limitações à liberdade de circulação, para impor o controlo da temperatura, mas também para clarificar a utilização de meios de saúde dos setores privados e social. Mas também é muito importante que, sob o controlo das autoridades de saúde, que determinados trabalhos de rastreamento ou acompanhamento [de casos de covid-19] possam ser desenvolvido por outras pessoas, sejam elementos das Forças Armadas, servidores públicos que não podem estar no exercício normal da sua atividade, mas que não estão incapacitados para o trabalho”, apontou o líder do executivo.
Neste último ponto, António Costa salientou que podem ser chamados “outros recursos humanos” para reforçar equipas, “porque é fundamental complementar e estratégia de testes, que a partir de hoje é reforçadas com a disseminação dos testes rápidos, os chamados testes antigénio”.
“Portanto, aumenta-se a probabilidade de deteção de focos de contágio. Sendo assim, exige-se reforçar os recursos humanos afetos a essa função”, acrescentou.
Pandemia do novo coronavírus já matou 1.201.450 no mundo
A pandemia do novo coronavírus matou 1.201.450 no mundo desde que a OMS relatou o início da doença no final de dezembro, segundo dados levantados hoje pela agência de notícias AFP junto de fontes oficiais, até às 11:00.
Mais de 46.543.100 casos de contágio pelo SARS-CoV-2 foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 30.903.200 pessoas já foram consideradas curadas.
Esse número de casos diagnosticados, entretanto, reflete apenas uma fração do número real de infeções. Alguns países testam apenas os casos graves, outros priorizam o teste para rastreamento e muitos países pobres têm uma capacidade limitada de teste.
No domingo, 5.189 mortes e 457.794 novos casos foram registados em todo o mundo. Os países que contabilizaram o maior número diário de mortes nos seus boletins mais recentes são os Estados Unidos, com 614, Índia (496) e Irão (440).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 231.003 mortes entre 9.208.874 casos positivos de SARS-CoV-2, de acordo com o levantamento da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 3.630.632 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 160.074 mortes e 5.545.705 casos, a Índia com 122.607 mortes (8.229.313 casos), o México com 91.895 mortes (929.392 casos) e o Reino Unido Unidos com 46.717 mortes (1.034.914 casos).
Entre os países mais atingidos, o Peru é o que possui o maior número de mortes em relação à sua população, com 105 mortes por 100.000 habitantes, seguido pela Bélgica (101), Espanha (77), Brasil (75).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.997 casos (24 novos entre domingo e segunda-feira), incluindo 4.634 mortes e 81.024 recuperações.
A América Latina e Caribe totalizaram 403.015 mortes em 11.355.634 casos até hoje às 11:00, a Europa 280.772 mortes (10.690.122 casos), os Estados Unidos e Canadá 241.182 mortes (9.445.641 casos), a Ásia 171.485 mortes (10.633.543 casos), o Médio Oriente 60.807 mortes (2.586.451 casos), a África 43.167 mortes (1.797.090 casos) e a Oceânia 1.022 mortes (34.619 casos).
Esta avaliação foi realizada com base em dados recolhidos pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).