A queda de uma arriba na praia do Vale do Olival, em Lagoa, na madrugada de terça-feira, foi o 24.º desmoronamento registado no Algarve neste Inverno, revelou o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Em declarações à Lusa, Sebastião Teixeira adiantou que a derrocada, que não causou vítimas ou danos materiais, deslocou aproximadamente 1.000 toneladas de rocha, tornando-a na maior dos últimos meses na costa do barlavento algarvio.
Aquele responsável frisou que a arriba em causa estava sinalizada como sendo perigosa e que o desmoronamento ocorreu precisamente no local onde estava colocado o sinal de aviso para perigo de queda.
Segundo Sebastião Teixeira, há outras arribas na zona oeste do Algarve que apresentam alguma instabilidade devido às tempestades, não só pela ação do vento, como da chuva, que causa infiltrações, contribuindo para agravar a fragilidade natural das arribas.
A APA tem estado a monitorizar as arribas e falésias da costa do Algarve, atividade que desenvolve todo o ano, mas que se intensifica quando há condições meteorológicas adversas ao nível da precipitação e da agitação marítima.
A observação e registo da situação das arribas decorrerá até Maio, para definir antes da época balnear quais as zonas com maior risco de desmoronamento para se proceder a derrocadas controladas ou a outras acções para estabilizar as arribas.
No início do mês, outra derrocada, na praia dos Careanos, em Portimão, tinha deslocado um volume de 500 toneladas de sedimentos.