A PSP acabou com uma festa ilegal que estava a decorrer, na madrugada de sábado, numa residência na cidade Faro.
Segundo explica o Comando Distrital da PSP de Faro na sua página de Facebook: “ao chegar ao local deparou-se com uma festa de cariz particular, a porta da residência aberta, e um grupo de cerca de 18 cidadãos, 5 mulheres e 13 homens, de diversas nacionalidades, na sua maioria estudantes, muitos deles completamente alcoolizados, sendo visíveis diversos restos de comida e garrafas de bebidas espelhadas pelo chão e mesas”.
Após ter cessado a festa, foram identificadas 16 pessoas e levantados 16 autos de contra-ordenação por “inobservância do dever de recolhimento domiciliário e elaborado Auto de Notícia enviado para tribunal por existirem indícios de crime de perigo comum”.
A PSP acrescenta que “foram ainda levantados mais dois autos aos promotores do evento”.
PSP e GNR encerram quase cem festas desde janeiro
Quase cem festas ilegais foram encerradas pela PSP e GNR desde janeiro e um desses convívios detetado pela Guarda Nacional Republicana era um casamento com 146 pessoas, revelam dados enviados à Lusa pelas duas forças de segurança.
Entre janeiro e março, a PSP detetou 75 festas ilegais e a GNR 17, num total de 92.
A Polícia de Segurança Pública detetou seis festas ilegais em janeiro, 41 em fevereiro e 28 em março. Já a Guarda Nacional Republicana encerrou três festas em janeiro, oito em fevereiro e seis em março.
Numa resposta enviada à Lusa, a PSP refere que os 75 eventos detetados não cumpriam as regras em vigor de saúde pública no âmbito do estado de emergência, em que estão proibidos os ajuntamentos e aglomerações de pessoas.
Esta polícia explica que inicialmente verificou-se uma maior tendência para a organização deste tipo de festas em estabelecimentos de restauração e bebidas ou na rua, mas nos últimos tempos ocorreram sobretudo em residências particulares e anexos.
A PSP refere que, na maioria das ocorrências, as pessoas envolvidas nas festas reagem de “forma cordial e respeitadora” para com os polícias.
No entanto, em algumas destas festas ilegais, os agentes da PSP já se depararam com fugas pelas janelas, telhados ou sistemas de esgotos, bem como tentativas de afrontar os polícias com o intuito de os dissuadir de desempenho das suas funções.
Sem avançar com o número de pessoas envolvidas nestas festas ilegais, a Polícia de Segurança Pública refere que os cidadãos apanhados nestes eventos são multados essencialmente por incumprimento do dever geral de recolhimento e consumo de bebidas alcoólicas.
Já a GNR tem encerrado festas ilegais que na sua maioria se realizaram em moradias, mas houve também eventos que decorreram em restaurantes, propriedades alugadas e centros recreativos, existindo ainda uma ‘rave’ e uma festa numa praia fluvial.
A corporação não tem uma contabilização geral de todas as festas ilegais, mas enviou à Lusa todos os comunicados de imprensa emitidos quando foram descobertos estes eventos.
Além de um casamento com 146 pessoas, a GNR encontrou também festas, em várias zonas do país, com 50, 30 e 28 pessoas.
Muitas das festas foram descobertas por denúncia de ruído, e os militares da GNR quando chegavam a estes locais encontravam pessoas sem máscara e a não cumprirem o distanciamento social.
Foram dezenas de contraordenações registadas por esta força de segurança devido ao incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário, desrespeito das regras de realização de eventos e violação da limitação de circulação entre concelhos, tendo ainda sido detidas sete pessoas, três das quais reincidentes em festas.