O Partido Socialista (PS) de Lagoa tomou conhecimento do “Projeto de dragagem para aprofundamento e alargamento do canal de navegação do porto de Portimão”, apresentado pela administração dos portos de Sines e do Algarve (APS).
Após a análise dos pressupostos deste estudo, o PS Lagoa “não pode ficar indiferente às preocupações manifestadas pela população de Ferragudo.”
Assim sendo, o “PS Lagoa considera legítima e, não pode deixar de estar solidário com a indignação da população de Ferragudo e de todo o concelho de Lagoa, bem como dos seus autarcas, quanto às repercussões do projeto”, declara o partido em comunicado.
“Sendo Ferragudo considerado a Pérola do Algarve, não pode o PS Lagoa permitir uma descaracterização desta vila que é um postal de atração turística local reconhecida mundialmente”.
Num momento em que o PS diz que uma das bandeiras do partido é a defesa de um turismo de qualidade e sustentável, “em que foi feito um investimento considerável em divulgar por todo o mundo vídeos e imagens das nossas maravilhosas costas, praias paradisíacas e locais de sonho, parece-nos que as sequelas de uma intervenção desta amplitude e o próprio desenvolvimento do turismo de cruzeiro nesta altura, deveriam ser uma preocupação, não apenas local mas também regional.”
“Não estando em causa qualquer tentativa ou vontade de impedir um progresso potenciador de riqueza para as populações e, consequentemente para a região, entende o PS Lagoa que a APS não teve em consideração todas as partes que serão afetas pelo projeto em causa, não debatido em tempo útil, nomeadamente, com as populações e entidades de todo o concelho de Lagoa, que merecem contribuir para a melhoria em causa do seu património e do seu bem-estar.”
Para além disto, o PS diz defender que “existem várias questões sem resposta e que a informação disponibilizada não contribui para uma aceitação pacífica das decisões apresentadas, pelo que vai suscitar reuniões com as várias entidades responsáveis envolvidas”.
Existem ainda dúvidas sobre os benefícios económico-financeiros que alertam para as consequências negativas que a obra acarreta. O PS diz não querer “compactuar com um projeto cujos impactos ambientais, patrimoniais e sociais, poderão trazer danos irreparáveis para as gerações vindouras.”