O PS/Algarve manifestou através do seu líder, António Eusébio, “apreensão face ao completo desnorte revelado pelo Ministério da Saúde na condução dos destinos da saúde na Região”, classificando a sucessão de nomeações para os órgãos dirigentes da área no Algarve como uma “autêntica dança de cadeiras”.
Para o líder socialista algarvio “a instabilidade a que temos assistido nos órgãos dirigentes da ARS Algarve no último ano, nada augura de bom e denuncia falta de estratégia da tutela para a região, ou pelo menos pouca sensibilidade com as entidades regionais que a si reportam”.
Uma situação que para António Eusébio é “por si bastante reveladora das intenções do Governo para com as questões e interesses da população do Algarve”.
A tomada de posição pública surge na sequência da demissão do vogal Miguel Madeira e da ‘saída’ do vogal António Esteves, este último recentemente nomeado.
Os socialistas fazem o histórico da evolução dos membros da direcção da ARS Algarve
“É evidente que o governo de coligação PSD/CDS-PP está a encontrar dificuldades na selecção dos dirigentes regionais da saúde. Recorde-se que, há menos de um ano, o anterior presidente e a vogal da ARS, Martins dos Santos e Ana Costa, saíram em rota de colisão com as posições tomadas pelo Ministro da Saúde com o modelo e dirigentes escolhidos para o Centro Hospitalar do Algarve, e que na altura deram nota pública”, refere o PS.
Agora, reforça o partido, “sai o último elemento do Conselho Directivo nomeado em Outubro de 2011 e um vogal nomeado no final de 2013”.
Segundo a estrutura partidária regional, “o que preocupa o PS Algarve nesta confusão toda é, muito concretamente, onde ficam os interesses da população, o regular funcionamento das unidades de saúde que, cada vez mais, denunciam constrangimentos nos recursos humanos e nos materiais, na realização de exames complementares, as respostas de cuidados de saúde de qualidade, o bom entendimento e articulação entre as distintas instituições de saúde, em benefício dos utentes”.
Com António Eusébio a referir que estas “não parecem ser as preocupações do governo nem da tutela”.
PS atento às nomeações e substituições
António Eusébio recorda ainda que a substituição do presidente e vogal demissionários, em 2013, processou-se através de concurso e pelo crivo da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, num processo que o governo defende ser transparente, isento e rigoroso.
Não obstante o líder regional alerta para que “hoje, em consulta ao Diário da República, tomei conhecimento que já foram designados os novos vogais do Conselho Directivo, em regime de substituição. Vejamos quem no concurso de selecção de dirigentes “transparente, isento e rigoroso” será seleccionado”.
O PS está portanto alerta para aquilo a que chama “dança de cadeiras” na área da saúde no Algarve e alerta “todos os cidadãos e todas as forças políticas e sociais para os rumores que tem circulado nas últimas semanas, e que apontam para a extinção da ARS Algarve, IP e a criação de uma eventual ARS do Sul com sede em Évora e a criação de uma Unidade Local de Saúde do Algarve (que englobaria os três hospitais da região e os três agrupamentos de centros de saúde) com vista a tornear a recente decisão desfavorável do Tribunal Administrativo de Loulé em relação à extinção de serviços do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio”.