A próxima sessão plenária do Parlamento Europeu, no início de outubro, realiza-se em Bruxelas em vez de na cidade francesa de Estrasburgo, devido ao aumento de casos de covid-19 em França, anunciou hoje o presidente da assembleia europeia.
“Infelizmente, dado o aumento da taxa de transmissão do vírus em França, incluindo no Baixo Reno, e à luz de recomendações de saúde pública, temos de reconsiderar a deslocação de eurodeputados e pessoal do Parlamento Europeu”, afirma o presidente da assembleia europeia, David Sassoli, numa declaração hoje enviada à imprensa em Bruxelas.
Isto significa, então, que a próxima sessão plenária da instituição, que decorre entre segunda e quinta-feira da próxima semana, “terá lugar em Bruxelas”, acrescenta.
“Todos nós temos uma forte convicção sobre Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu: para além da obrigação legal de realizar os nossos períodos de sessões em Estrasburgo, é nosso sincero desejo de regressar à cidade que, como nenhuma outra, promove o encontro dos nossos países europeus”, ressalva David Sassoli na declaração.
Desde o início do surto de covid-19, todas as sessões do Parlamento Europeu têm vindo a ser realizadas em Bruxelas, essencialmente com participações por videoconferência, o que levou à interrupção temporária das habituais idas a Estrasburgo, como previsto nos tratados.
Com uma fatia importante da economia da cidade a depender das sessões da assembleia europeia — em negócios como hotéis, restaurantes, transporte, entre outros –, as autoridades francesas têm pressionado o Parlamento Europeu para retomar as ali as suas sessões plenárias, mas o aumento das infeções com o novo coronavírus impossibilitou-o.
“Quero agradecer às autoridades francesas e à cidade de Estrasburgo pela sua cooperação contínua durante a pandemia e expressar a minha sincera esperança de que possamos regressar em breve”, adianta David Sassoli na comunicação.
Esta é a primeira sessão plenária do mês, havendo uma segunda no final de outubro.
A pandemia de covid-19 já causou pelo menos 1.002.036 mortos e 33.162.930 casos de infeção em todo o mundo desde que a doença foi conhecida em dezembro na China.