A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) alertou nesta sexta-feira para o perigo de incêndio florestal devido às previsões de tempo quente e seco, com temperaturas que podem chegar aos 40 graus nas regiões do interior centro e sul.
O aviso à população de “calor e perigo de incêndio florestal” surge após o contacto da ANPC com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que prevê, para os próximos dias, uma subida acentuada da temperatura máxima, em especial nas regiões do litoral, que podem ser superiores aos 35 graus.
A Protecção Civil adianta que as regiões do interior centro e sul vão ter temperaturas a rondar os 40 graus, além da humidade do ar ser inferior a 20 por cento, mantendo-se os valores baixos durante o período nocturno.
A ANPC sublinha que é expectável “tempo quente e seco e vento moderado com permanência de condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios florestais”.
A Protecção Civil sublinha que não é permitido realizar queimadas, nem fogueiras, utilizar equipamentos de queima e de combustão, lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes e fumar ou fazer lume nos espaços florestais.
No comunicado, a ANPC recomenda ainda “a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio florestal”, nomeadamente com a adopção das medidas de prevenção e precaução necessárias, como as proibições em vigor.
Também a Direcção-Geral da Saúde alertou hoje a população para as elevadas temperaturas que se prevêem para os próximos dias, aconselhando as pessoas a manterem o corpo fresco e hidratado e a procurarem zonas de sombra ou climatizadas.
“Estamos preocupados com a população em geral, mas sobretudo com os grupos mais vulneráveis, que podem ter mais susceptibilidade aos efeitos do calor, designadamente as crianças, as pessoas com mais de 65 anos, os doentes crónicos e quem desenvolve actividade no exterior, sejam estas profissionais ou de lazer”, disse à Lusa Andreia Silva, directora do serviço de prevenção da doença e promoção da saúde da DGS.
A especialista explicou ainda que este alerta serve sobretudo para a população de risco, mas também para a população em geral, tendo em conta a subida brusca das temperaturas, a manutenção durante alguns dias do tempo muito quente e ao facto de as temperaturas mínimas se manterem igualmente elevadas, levando às chamadas “noites tropicais”, o que não permite o arrefecimento natural das casas.
(Agência Lusa)