Uma parte da História humana do Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT) é revelada através de alguns testemunhos de quem lá trabalhou e o conheceu no auge da sua atividade.
Há 30 anos com ligação ao Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), o engenheiro António Marreiros é, atualmente, das pessoas que melhor conhecem o local.
Técnico superior da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP-Algarve), é o protagonista do terceiro episódio da coletânea “Histórias do Posto Agrário”, desenvolvido pelo movimento de Cidadãos pelo CEAT e Hortas Urbanas de Tavira, no qual descreve as várias coleções de variedades de espécies fruteiras e a importância da sua preservação.
António Marreiros chegou ao “Posto Agrário” nos anos 90, desses tempos recorda “o dinamismo” e os “muitos projetos desenvolvidos”. As coleções de romanzeiras, alfarrobeiras, macieiras e amendoeiras, tal como estão agora, foram instaladas em 2013. Antes tinham sido instaladas coleções de nespereiras na década de 80 e de figueiras e vinha na década de 90.
“Biodiversidade que interessa preservar”
Como exemplo de recuperação de uma espécie, mostra-nos o pêro de Monchique, fortemente atacado em incêndios recentes, e que está a ser alvo de um projeto de preservação e desenvolvimento, antes de ser devolvido ao habitat natural de Monchique e aos agricultores.
É por ser um grande conhecedor do espaço e por ali haver muito saber adquirido, que o técnico superior sublinha que o Centro Agrário de Tavira “é um espaço único aqui no coração de uma cidade como Tavira”, de igual modo que realiza um trabalho muito importante na preservação dos recursos genéticos naturais.