A Portway, empresa de assistência em terra da ANA – Aeroportos de Portugal, dispensou 12 trabalhadores do aeroporto de Faro, que tinham como função operar as pontes telescópicas, isto é, as ‘mangas’ de saída dos aviões.
Questionada sobre a dispensa de trabalhadores, fonte oficial da ANA confirmou que “a Portway prestava um serviço de operação de pontes telescópicas (conhecidas como ‘mangas’), ao aeroporto de Faro, ao abrigo de um contrato de prestação de serviços com o aeroporto”, que “terminou no dia 20 de Abril, tendo a direcção do aeroporto decidido não renovar”.
Na sequência dessa decisão, acrescentou, “a Portway viu-se forçada a fazer cessar a totalidade dos vínculos laborais dos trabalhadores afectos a essa actividade”.
“Para desempenhar essa função, a Portway tinha no seu quadro de pessoal 12 trabalhadores com formação específica e dedicados em exclusivo a essa actividade”, acrescentou.
A Portway, empresa de ‘handling’ (assistência em terra) nos aeroportos de Portugal (Lisboa, Porto, Faro e Funchal) é detida pela ANA e, por isso, pelo grupo francês Vinci, que adquiriu os aeroportos portugueses ao Estado português.
O Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (SITAVA) considerou a extinção dos postos de trabalho “um despedimento encapotado”, tendo já apresentado uma queixa à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e ao Ministério do Trabalho.
“Tudo faremos para reverter essa situação que, para já, só se coloca no aeroporto de Faro, mas que parece ser uma espécie de aviso, porque a empresa não convive bem com os trabalhadores que reclamam melhores condições de trabalho”, adiantou à Lusa o sindicalista Fernando Henriques.
(Agência Lusa)