Portugal atravessa um “período muito grave” devido ao aumento de casos covid-19, segundo o presidente da República. “Isto pode ser não um dia, mas semanas e meses”, admite.
Marcelo Rebelo de Sousa, questionado sobre os mais de mil casos diários de covid-19 registados na quinta-feira, referiu que “estamos já no período só comparável em gravidade na pandemia àquele que foi vivido no início da primavera. É um período muito grave”.
Contudo, “já se sabia que o número de casos iria subir para valores superiores a mil, pela abertura da vida económica, das escolas, das universidades e do convívio entre as pessoas”, acrescentou.
Durante uma visita a um hospital de Braga, declarou ainda que o desejo é que “não dure muito tempo e que não suba muito o número de casos” mas “temos a noção, olhando para outros países à nossa volta (…), que isto pode ser não um dia, não uma semana, mas semanas e meses. E teremos de conviver com isso”.
Marcelo Rebelo de Sousa frisa ainda que “isso significa, por um lado tomar medidas – terminando o período de situação de contingência no dia 15, já foi anunciado que o governo vai reapreciar a situação e reapreciar as medidas para adotar em função dos números dos próximos dias e da previsão das duas semana seguintes”.
“É preciso que se faça um esforço na convivência entre pessoas. É preciso repensar o Natal em família, repensa-se. Não pode ser um Natal com cem pessoas, com 60 pessoas, com 50 pessoas, divide-se o Natal pelas várias componentes da família”, concluiu.
O presidente da República apelou ainda que se repensem os programas com os amigos. “É preciso que as pessoas percebam que isto é uma tarefa de todos” e significa “cada qual por si fazer um esforço” como “por máscara no acesso a determinado tipo de estabelecimentos” e “por máscara na circulação na via pública, nos prontos de cruzamento e encontro com maior número de pessoas”.
“Eu fi-lo há muitos meses”, sublinhou. A saúde de todos à nossa volta foi ainda mencionado como algo importante a pensar, segundo as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa.
Portugal voltou ontem a ultrapassar a barreira das 1.000 infeções diárias por covid-19, atingindo 1.278 casos, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este foi o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril com 1.516.
O terceiro dia com mais casos registados foi em 31 de março com 1.035.
Os dados de ontem revelam ainda que se registaram 10 mortes relacionadas com a covid-19.
No total, Portugal já registou 2.050 mortes e 82.534 casos de infeção, estando hoje ativos 28.967 casos, mais 788 do que na quarta-feira.
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