O cão de um cidadão inglês foi o animal que estreou o cemitério do Jardim Zoológico de Lisboa, o primeiro a ser criado em Portugal. Estávamos em 1934. Até hoje, o cemitério para animais criado em Lisboa nunca deixou de funcionar. Se atualmente estão lá apenas sepultados cães, gatos, periquitos, canários, pombos e peixes, no passado já lá estiveram serpentes. Para além de Lisboa existem mais dois cemitérios e um deles fica no Algarve.
Trata-se de um projeto com menos de uma década e resultou de uma proposta vencedora do Orçamento Participativo. Falamos do cemitério para animais em Lagos. Em 2017, o plano era instalar apenas 39 campas, as chamadas “unidades de inumação”. A procura foi aumentando e, em 2020, a Câmara Municipal de Lagos aprovou uma nova obra que tinha como objetivo duplicar a capacidade do cemitério.
De acordo com o regulamento, “o cemitério tem por finalidade única e exclusiva o sepultamento de animais de companhia até 1,15m de comprimento ou 70kg”. Funciona das 9h às 17h de segunda-feira a sábado e aos domingos encontra-se encerrado. No que diz respeito às taxas de ocupação da sepultura por um período inicial de três anos, estas variam consoante o porte do animal e podem ir desde os 67 aos 84 euros.
Para além dos cemitérios de Lisboa e Lagos, existe um outro em Santa Maria da Feira – o cemitério de Nogueira da Regedoura. De acordo com a PiT, em tempos houve também um cemitério em Castelo Branco, que agora dispõe apenas de crematório.
É que os espaço deixou de estar sob a gestão da Associação de Proteção e Apoio ao Animal Errante (APAAE), tendo deixado de haver o cemitério para animais. Passou para as mãos da Câmara Municipal de Castelo Branco, funcionando agora como o seu Centro de Recolha Oficial de Animais.
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