A Ponte D. Maria reabriu ao trânsito no final da passada segunda-feira. Três anos e seis meses depois, a ponte volta a unir as duas margens da cidade, constituindo uma mais-valia para o turismo e para os milhares que todos os anos visitam Lagos.
A obra, cujo valor total se situa em 1 milhão 93 mil e 248 euros (IVA incluído), é comparticipada em cerca de 65% por fundos comunitários (operação financiada no âmbito do PO Algarve 21 – Eixo 3 – Valorização Territorial e Desenvolvimento Urbano / Mobilidade Territorial), sendo o restante valor assegurado pela autarquia.
Maria Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos, voltou a manifestar a sua “enorme satisfação pelo facto de se ter conseguido dar resposta a um grande anseio da população”, recordando que, para este desfecho, muito contribuiu o facto de se ter conseguido a aprovação da candidatura apresentada e a estreita colaboração entre os serviços da Câmara, a empresa municipal Futurlagos, o empreiteiro Extraco – Construccións e Proxectos, S.A, a firma de fiscalização, GSET – Global, Serviços e Engenharia Total, Lda, a equipa projectista, Consulmar – Projectistas e Consultores, Lda e outros consultores que participaram em diversas áreas da intervenção.
A autarca aproveitou esta oportunidade para “agradecer a colaboração das várias entidades em todo o decorrer do processo, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direcção Regional de Cultura do Algarve, a empresa Águas do Algarve e a EDP”.
Obras mais importantes na ponte
No que diz respeito às vertentes mais importantes da obra, assinala-se o reforço estrutural dos pilares da ponte através da execução de microestacas, a reabilitação arquitectónica da obra de arte, a construção de um novo tabuleiro e o reposicionamento sob o mesmo das condutas de águas e esgotos e das infra-estruturas de telecomunicações. A solução desenvolvida para a geometria do novo tabuleiro da Ponte D. Maria apresenta agora uma largura total de 11,75m, compreendendo uma faixa de rodagem bidireccional com 6,50 metros de largura útil, passeios de dimensão generosa de ambos os lados, permitindo, assim, a opção mista pedonal/ciclovia. Os passeios foram nivelados com a faixa de rodagem, mas separados fisicamente da mesma, solução que apresenta flexibilidade para, em caso de necessidade, reformular o espaço sobre o tabuleiro e criar mais uma faixa de rodagem.
Para o executivo municipal, a conclusão desta obra é considerada “um marco relevante para Lagos”, por permitir “resolver uma situação de acessibilidades, vital para a ligação entre margens e o bom funcionamento de equipamentos (escolares e outros), das unidades hoteleiras, empresas e comércio, da marina e infra-estruturas portuárias e ferroviárias, que, desde 2012, vinham sentindo algum prejuízo nas suas actividades”.
Informação histórica sobre esta disponível em http://fototecalagos.blogspot.pt/2011/11/ponte-dona-maria.html .