O presidente da Armalgarve esteve à conversa com o POSTAL e falou da falta de condições dos pescadores no porto de pesca de Quarteira, que estão novamente em debate depois da chamada de atenção do PSD.
Em causa, está o facto dos trabalhadores não poderem ir à casa de banho nem utilizar balneários, uma situação complicada, uma vez que estes não podem, muitas vezes, ir a casa e têm de ficar sujos e a cheirar mal após a faina. Ao POSTAL, José Agostinho explicou que “temos de fazer as ‘necessidades’ escondidos”.
O responsável pela Armalgarve reforça que “em situação de pandemia é uma vergonha como isto se prolonga, deveríamos ter o máximo de higiene possível”. Segundo José Agostinho, não houve ainda uma resposta, apesar das tentativas para melhorar a “qualidade de vida dos pescadores”.
Neste momento, existem cerca de sete ou oito barcos de fora, com uma média de 15 homens, que “estão aqui [no porto de pesca de Quarteira] e não podem tomar banho, nem têm nada para a higiene”. O presidente da Armalgarve realça ao POSTAL que todos os serviços à sua volta, como, por exemplo, o porteiro, a cafetaria, a Polícia Marítima e a Docapesca dispõem de casas de banho mas “para os pescadores não há nada”.
O porto de pesca de Quarteira parece ter ainda outros problemas, como a falta de bocas de incêndio e escadas, o que faz José Agostinho concluir que o serviço “não está acabado”.
Esta reivindicação já é antiga mas foi denunciada esta semana pelo PSD de Quarteira para sensibilizar a Câmara de Loulé para o problema que vivem os pescadores.
A Armalgarve já apresentou um projeto de requalificação daquele porto de pesca, que incluía balneários, mas ainda não obteve resposta da Docapesca, entidade que gere o espaço. A situação continua a agravar-se e é “urgente” resolver este problema e permitir aos pescadores que possam usufruir de um serviço básico de higiene.