Várias caravelas-portuguesas – animal cuja picada é ”dolorosa” e, em casos raros, pode ser fatal – estão a surgir nas praias de Vila Real de Santo António, com maior incidência entre Monte Gordo e Manta Rota.
De acordo com a informação disponibilizada ontem à noite no site da Autoridade Marítima Nacional, “a caravela (uma espécie aquática parecida com a alforreca) vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico, azul-arroxeado, cheio de gás”.
Os seus tentáculos podem atingir os 30 metros de comprimento, ainda que escondidos na areia, e o seu veneno é muito perigoso.
Caso aviste este tipo de animal deve afastar-se, evitando o contacto.
Os sintomas da picada são dor forte e sensação de queimadura (calor/ardor) no local e ainda irritação, vermelhidão, inchaço e comichão.
Algumas pessoas, especialmente sensíveis às picadas e venenos das águas-vivas, podem ter reações alérgicas graves, como falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios.
Nestes casos devem ser encaminhadas de imediato para o serviço de urgência.
No caso de haver contacto com caravela-portuguesa, deverá proceder da seguinte forma:
– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com soro fisiológico;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água viva (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico;
– Aplicar vinagre no local atingido;
– Aplicar bandas quentes ou água quente para aliviar a dor;
– Consultar assistência médica o mais rapidamente possível.
No caso de haver contacto com águas-vivas, também conhecidas como medusas ou alforrecas, deverá ter em conta os seguintes conselhos para prestar os primeiros socorros:
– Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
– Não usar água doce, álcool ou amónia;
– Não colocar ligaduras;
– Lavar com cuidado com soro fisiológico;
– Retirar com cuidado os tentáculos da água viva (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico;
– Aplicar frio (bolsas de gelo) no local atingido para aliviar a dor (o gelo não pode ser aplicado diretamente na pele, deve ser enrolado num pano);
– Tomar um analgésico para aliviar a dor;
– Aplicar uma camada fina de pomada própria para queimaduras.
A Autoridade Marítima reforça a importância das pessoas adotarem um comportamento de segurança junto à orla costeira devido ao agravamento do estado do mar, evitando colocar-se situações de risco.