Uma viagem sobre a Tavira medieval e muito em particular sobre a sangrenta e inesperada tomada da cidade de Tavira aos mouros está agora disponível num vídeo no You Tube (VER VÍDEO).
O trabalho resulta do esforço de Helena Blanc na Universidade Aberta na dissertação de mestrado em Estudos Comparados – Literatura e Outras Artes e pretende ser uma reconstituição virtual da evolução da zona de Tavira e envolvente entre o assentamento dos fenícios, gregos e cartagineses ainda antes de Cristo e a tomada da cidade aos Mouros a 11 de Junho de 1242.
Helena Blanc é licenciada em Línguas, Literaturas e Culturas pela Universidade Aberta e contou com a orientação de Maria da Costa Potes Franco Barroso Santa-Clara Barbas e Isabel de Barros Dias no mestrado que deu origem ao vídeo.
Com imagens documentais e ilustrativas e acompanhada de locução e legendas, o vídeo é mais um ferramenta para ajudar a compreender a história da cidade de Tavira e dos seus arrabaldes durante este largo período histórico que marcaria de forma indelével a evolução da cidade para a actualidade.
O trabalho, refere a autora, “nasceu da ideia de reconstituir, através de uma animação multimédia, a cidade de Tavira na época medieval, mais precisamente durante a primeira metade do século XIII, de acordo com a informação expressa na Crónica da Conquista do Algarve, entre outras fontes”.
Perceber como, quando e qual o contexto em que se revelou a campanha devastadora de D. Paio Peres Correia, comendador da Ordem de Santiago, contra as forças muçulmanas que dominavam esta região, numa “interpretação pessoal que está centrada na interação de várias áreas disciplinares”, foi o objectivo,”recorrendo à análise conjugada de “duas abordagens complementares, com o objetivo de construir um protótipo multimédia”, diz a autora.
O vídeo elaborado a partir de uma plataforma de mundos virtuais, congregando a utilização de softwares como o Adobe Photoshop (edição de imagem), Sony Vegas (edição de vídeo) e o Sketchup (criação de maquetes), foi o caminho escolhido por Helena Blanc para poder apresentar “uma visualização imagética do texto e recriar o coração da vila medieval de Tavira: o castelo, a igreja de Santa Maria e a ponte romana”.
Deste modo, pretende mostrar-se, refere ainda a autora, “a forma como todos estes elementos se interligam entre si, a partir da implantação espácio-temporal, revelando quais as razões pelas quais Tavira foi o mais importante centro urbano do Algarve naquele tempo”.