“Esta é uma candidatura histórica. É a primeira vez que o PAN se apresenta a votos em Vila Real de Santo António e fazemo-lo com vontade de trabalhar de forma íntegra e envolvendo os Vila-realenses, os Montegordinos e os Cacelenses nos processos de decisão”, refere o PAN em comunicado.
“A população está cada vez mais desconfiada e desiludida com o poder autárquico local e o projeto político dos últimos anos no concelho falhou em todos os aspetos. O PAN pretende colocar um ponto final neste capítulo infeliz na histórica cidade pombalina e, sem a dicotomia divisória de esquerda e direita, fazer avançar as causas que movem o partido e que nos unem: sociais, ambientais e de proteção animal”, refere Saúl Rosa.
Na administração municipal, o PAN acredita que “a transparência é fundamental, principalmente em matéria de prestação de contas”.
Entre outras medidas, o partido propõe “a realização de uma auditoria independente às contas do município nos últimos anos, que permita perceber o estado atual da gestão do poder local e possibilitar soluções adequadas para mitigar as consequências socioeconómicas no presente, erradicando-as no futuro”.
Na Habitação, o PAN defende ser essencial “medidas concretas que facilitem o acesso a casas condignas pelos cidadãos e cidadãs”.
“Os anteriores executivos não têm apresentado soluções para este problema e enquanto isso a população recebe ultimatos para escolher entre a compra forçada dos imóveis ou o desalojamento pelas empresas que os detêm”, explica o candidato.
“O arrendamento precário deve ser erradicado. O PAN irá apostar num reforço do investimento na reabilitação e criação de habitação pública para arrendamento acessível, através da mobilização de património ao cuidado do Estado ou do município. Irá dotar também o orçamento municipal de verba adequada no sentido de dar resposta aos problemas identificados no Arrendamento Jovem”, lê-se no comunicado.
“Sem cultura não há identidade e, como tal, o PAN pretende valorizar a cultura no concelho, através da criação de novos projetos cooperativos em parceria com instituições de ensino reconhecidas e outras entidades capazes de promover esta aprendizagem. Desta forma, pretendemos disponibilizar a cidadãos e cidadãs, associações e mecenas, ferramentas que permitam que novas formas de cultura e arte de proximidade com a comunidade floresçam preservando a herança cultural existente”, explica Saúl Rosa.
Na área da Proteção e Bem-Estar Animal, o PAN defende que Vila Real de Santo António deve ter um centro de recolha oficial de animais devidamente legalizado. “Só assim será possível dar resposta ao crescimento exponencial do número de animais abandonados na cidade”, salienta o partido que diz também ambicionar implementar um hospital veterinário municipal solidário que “garanta cuidados médico-veterinários a todos os animais, principalmente aos pertencentes a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconómica, a animais de abrigos e associações zoófilas e a animais errantes, cuja responsabilidade sobre a sua saúde e bem-estar pertence ao município”.
Para o PAN, o património ambiental local, como a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António ou o Parque Natural da Ria Formosa, são zonas cruciais para preservação da biodiversidade, “é mais do que um mero recurso económico ou turístico, fazem parte da nossa identidade e da nossa História, contribuindo também para a mitigação das alterações climáticas – o desafio da nossa geração”.
“Acreditamos que em conjunto devemos fazer todos os esforços para garantir a preservação destes ecossistemas e, como tal, defendemos estudos de impacte ambiental para as intervenções nestas zonas, como a tão falada reposição do cordão dunar e o desassoreamento da barra e dos canais de navegação, medidas que poderão ser necessárias em Cacela Velha. No caso de serem concretizadas, devem ser realizadas com os devidos cuidados, precavendo eventuais danos ambientais, em espécies e habitats protegidos”, defende o candidato pombalino.
Ainda a nível ambiental, o PAN pretende “pôr fim às podas radicais que têm transformado árvores em postes. As árvores são fontes de vida, de biodiversidade, de oxigénio, retêm CO2, reduzem a poluição atmosférica, oferecem-nos sombra, contribuem para diminuir a temperatura ambiente, entre tantos outros benefícios. Não faz sentido este tipo de ações contra o património arbóreo, umas das riquezas das gentes de Vila Real de Santo António”, conclui Saúl Rosa.
Quem é Saúl Rosa
Nascido em Vila Real de Santo António a 13 de agosto de 1989, é atualmente Comissário Político Distrital do PAN Algarve.
Trabalhador desde os 15 anos, adquiriu competências e experiência em hotelaria, gestão comercial, entre outras.
Saúl Rosa é instrumentista de orquestra, tendo obtido a sua licenciatura na Universidade da Orquestra Metropolitana de Lisboa, onde teve a oportunidade de pertencer à Orquestra Académica Metropolitana, assim como à Orquestra Sinfónica Metropolitana, sendo esta última de nível internacional, isto tudo enquanto ainda trabalhava noutras áreas a tempo inteiro.
Após terminada a sua licenciatura, decidiu estudar em Munique com um dos melhores trompetistas (instrumento da sua especialidade) a nível mundial, Martin Angerer, da “Bavarian Radio Symphony Orchestra”.
Por razões de saúde e também pela pandemia, interrompeu os estudos e as provas de acesso a orquestras que estava a efetuar.
Ativista ambiental, um dos seus passatempos favoritos, é a prática de artes marciais, onde sagrou-se campeão nacional por duas vezes em competições de Jiu-Jitsu. Afastado temporariamente do “dojo” pelo mesmo motivo de saúde que o levou a interromper os seus estudos, entende que um dos maiores benefícios desta prática, é a aprendizagem da paciência e da disciplina mental.
Na perspetiva de Saúl Rosa, “a corrupção é um dos flagelos mais preocupantes em Vila Real de Santo António”.
“Após cerca de 7 anos de ausência, volto à minha terra e qual o meu espanto de ver um município ainda mais degradado, em comparação com o passado. Não posso admitir que os meus familiares, amigos e Vila-Realenses não tenham direito a uma vida feliz e simples, por causa da má gestão do município. Em todos os momentos, quando falava com as pessoas sobre a situação do concelho, eram constantes as queixas relativamente aos valores exorbitantes da fatura da água, do IMI – a taxa mais alta do país -, da falta de habitação, entre muitas outras. Não podemos permitir que as coisas continuem como estão”, refere o candidato à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.