O PAN pediu esta semana “o agendamento urgente de uma reunião com a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) no sentido de que sejam nomeadas, para já, pelo menos duas praias na região do sotavento e do barlavento algarvio nas quais as famílias se possam fazer acompanhar dos seus animais de companhia”, conforme nota de imprensa enviada pelo partido.
Todos os anos o nosso país “vê-se defrontado com uma taxa muito elevada de abandono de cães, sendo o verão a estação do ano em que os números registados são mais dramáticos. Apesar de não haver lugar para qualquer tipo de justificação para este ato, as dificuldades sentidas pelas famílias em se fazerem acompanhar dos seus animais de companhia durante o período de férias tende a estar na base do problema”.
Nesse sentido, o PAN “considera de elevada importância a aposta na sensibilização da sociedade para esta problemática, mas também a criação de condições para que estes possam estar presentes nas suas vidas, principalmente em momentos de descontração e de lazer”, pode ler-se no mesmo comunicado.
“As famílias querem fazer-se acompanhar do seu animal de estimação durante as férias, sem a preocupação de como este reagirá na ausência dos donos e, sabemos que muitos deixam de comer e adoecem, disfrutando em pleno do momento de lazer em família, humana e não humana” – assegura Susana Santos, membro da Comissão Política Distrital de Faro.
Tratando-se da zona do Algarve, há ainda outros factores que “poderão ser acrescentados a esta equação: a economia local depende, fortemente, da verba arrecadada no sector do turismo e o facto de os visitantes se poderem fazer acompanhar dos seus animais é um fator positivo a satisfação dos mesmos e para a região algarvia”.
Susana Santos esclarece que “o crescente número de mensagens de cidadãs e cidadãos que o PAN tem recebido a denunciar esta situação são reflexo da profunda insatisfação sentida, quer pelos habitantes da região, quer por aqueles que nos visitam, tendo muitos deles afirmado que irão escolher outro destino para o próximo ano, dada a intolerância que têm sentido.”
De salientar que a impossibilidade dos animais de companhia frequentarem as praias “ocorre mesmo quando estas não são concessionadas ou quando não possuem qualquer sinalética a restringir a sua presença, graças ao Plano de Ordenamento da Orla Costeira entre Vilamoura e Vila Real de Santo António”, acrescenta.
(SP/CM)