Um dia a casa vem abaixo
É um edifício que marca o largo e a história recente da política algarvia. Foi a casa da Legião Portuguesa e, depois do 25 de Abril, tem sido a sede do Partido Socialista. Ali se tem decidido muito do que tem calhado à região e aos algarvios. Mas, visto de fora, aquele belo palacete anda muito desprezado. Tem anos que não lhe lavam a cara e lá dentro, praticamente, só estão funcionais duas ou três salas da casa, de tal modo que há ocasiões em que vão reunir para o IPDJ. Diz o povo que pelos ares do convento se pode ver quem está lá dentro! E na rua de Sto António já se comenta que um dia a casa vem abaixo!
O regresso de D. Macaio
Fala-se à boca cheia no terreiro da política caseira que D. Macaio quer voltar. Depois da capital do reino, de onde saiu pela porta pequena, está agora apostado num regresso à sua casa de origem. Nas redes sociais, já tem tropa no terreno a batalhar em acções de desgaste do poder instalado. E fontes geralmente bem informadas garantiram ao Mandador, que é o Rei da Vida que o anda a empurrar, mas o homem continua a fingir-se pouco virado para esse combate. Ainda que longe do brilho político de outros tempos, mesmo assim, é ele o corredor onde se apostam todas as fichas para o assalto laranja à fortaleza do Gilão. E com a ida de Euzinha para o palácio da pontinha, o caminho é uma alameda! Se os da camisola rosa continuarem distraídos!
De candeias às avessas
Consta que vai um alarido e muita confusão no campo do laranjal em Monchique. O chefe da casa, que está a esgotar os três mandatos, não abdica de reivindicar para si a escolha do seu sucessor. Mas a concelhia, que terá as suas ideias, não concede esse privilégio a alguém que durante os anos de mandato não lhes ligou pevide. Andam, por isso, de candeias às avessas, de tal mo- do que o chefe já não entra na sede do laranjal e nem lhes dá cavaco. A coisa pode acabar mal e os rapazes do clube rival já andam a bater palmas!
Chefe mas pouco
Foi um pequeno abalo nas hostes dos laranjinhas de Faro. Tudo por que o chefe provisório da bancada geral, amuou por não lhe terem pedido a benção para aprovação de uma proposta que não colhia o seu aplauso. Estava em causa a homenagem a uma figura da equipa cor de rosa, e ele não podia tolerar uma coisa as- sim. Vai daí, encostando a bicicleta, abandonou a corrida e partiu o pelo tão. Esquecendo-se segredaram ao Mandador – que ele próprio, há muito que anda de braço dado e de boa saúde com os camaradas a quem exigiu agora distanciamento. E numa sala do Whatsapp, ouviu das que não queria: “toma o pequeno almoço com o inimigo, durante o dia dá-lhe palmadinhas nas costas, e à noite desanca neles para disfarçar!”
Sem rumo certo
Quem parece andar um pouco confuso é o Nuno Lageado da Sé. Juram a pés juntos que o encorpado rapazolas, está a preparar terreno para disputar um lugar no Palácio da Sé, ou mesmo o seu cadeirão superior. Mas também se diz, que o seu alegado encosto aos amigos da Agência, ainda que não o deixe chamuscado, pode acabar por lhe atrapalhar os projetos e a ambição. Entretanto, vai procurando apoios aqui e acolá, num ziguezagueado próprio de quem não sabe ao certo, o rumo a seguir. Com esse andar cambaleante, garantem fontes autorizadas, ninguém pode dançar o corridinho, porque corre o risco de se espalhar ao comprido. Politicamente, é claro!
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