O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 32,4% em janeiro em termos homólogos e 5,5% face a dezembro, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De acordo com o IEFP, no final de janeiro, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 424.359 desempregados.
Este número representa 71,2% de um total de 596.290 pedidos de emprego.
O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2020 (em 103.801 pessoas) e face ao mês anterior (em 22.105 pessoas).
Segundo o IEFP, para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2020, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário.
O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2020, com maior expressão no setor dos serviços (37,6%).
A desagregação deste setor de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de alojamento, restauração e similares (59,9%), atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (47,4%) e transportes e armazenagem” (46,5%).
No que diz respeito à atividade económica de origem do desemprego, dos 364.972 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos serviços de emprego do continente, 73% tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (28,7%) e 19,9% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção (6,2%).
Ao setor agrícola pertenciam 4,4% dos desempregados.
A nível regional, no mês de janeiro de 2021, o desemprego registado aumentou em todas as regiões do país, segundo o IEFP.
Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (61,3%), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (45,3%) e da região da Madeira com 30%.
Numa nota enviada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, a tutela sinaliza, a propósito, que a taxa de cobertura de prestações de desemprego foi em janeiro de 57,8%, um aumento de 1,9 pontos face ao mês homólogo, janeiro de 2020.
Sobre o aumento de janeiro, refere que o número de desempregados registados aumenta sempre de dezembro para janeiro, com uma variação média entre os dois meses de 3,5% desde 1989 e destaca que as ofertas captadas aumentaram 27% em cadeia, para 9.868 ofertas e as colocações em emprego aumentaram 59,9% face a dezembro de 2020, para 7.405 colocações.