Portugal regista hoje 2.101 novos casos de infeção com o novo coronavirus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia de covid-19, e onze mortos, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
É o segundo dia consecutivo que Portugal tem mais de dois mil novos casos, após os 2.072 registados na quarta-feira.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.128 mortes e 93.294 casos de infeção, estando ativos 36.085 casos, mais 1.502 do que na quarta-feira.
A DGS indica também que, das 11 mortes registadas, sete ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, duas na região Norte e outras duas na região Centro.
Relativamente aos internamentos hospitalares, nas últimas 24 horas há mais 36 pessoas internadas, totalizando 993, das quais 139 em cuidados intensivos (mais quatro do que na quarta-feira).
As autoridades de saúde têm em vigilância 51.601 contactos, mais 1.057 do que na quarta-feira.
Nas últimas 24 horas houve 588 doentes recuperados, totalizando 55.081 desde o início da pandemia.
Segundo dia consecutivo acima dos 2.000 casos e oitavo dia consecutivo acima dos 1.000
A região Norte foi onde nas últimas 24 horas se registaram mais novas infeções, com 1.146 casos, totalizando 35.807 e 934 mortos.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 733 novos casos de infeção, contabilizando-se desde o início da pandemia 45.521 casos e 857 mortes.
Na região Centro registaram-se mais 163 casos, contabilizando-se 7.511 infeções e 275 mortos.
No Alentejo foram registados mais 40 novos casos de covid-19, para um total de 1.764, com um total de 26 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 13 novos casos de infeção, somando 2.080 casos e 21 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foi registado mais um caso novo, somando 306 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou cinco novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 305 infeções, sem óbitos até hoje.
Há quase 1.000 internados em enfermaria. Com o saldo de internados em enfermaria a aumentar em 36 pessoas, há agora um total de 993 nos hospitais
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções. A faixa etária 40 e os 49 é a que regista o valor mais elevado.
Em relação aos óbitos, a covid-19 já provocou mais mortes entre os homens (1.066) do que nas mulheres (1.062).
Em sentido inverso está o género de infetados com a doença que já atingiu 50.762 mulheres e 42.532 homens.
A covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Aljezur é o único concelho algarvio sem casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 1966 (DGS apresenta hoje 2.080), com 23 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 21).
À data de sábado, dia 10, a região do Algarve apresentava 743 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1200 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 130 (17% do total),
LOULÉ com 118 (16%),
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO com 97 (13%),
PORTIMÃO com 72 (10%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: Alcoutim com 9, Vila do Bispo com 8, São Brás de Alportel com 7 e Monchique com 2.
Aljezur é agora o único concelho algarvio sem casos ativos.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Madeira com mais nove casos ativos e outros 21 em estudo
A Madeira regista hoje mais nove pessoas com resultados positivos de covid-19, e 21 em estudo, totalizando 108 situações ativas, e um cumulativo de 304 casos confirmados, revelou o Instituto de Administração de Saúde (IASaúde).
“Hoje há nove novos casos positivos a reportar, pelo que a Madeira passa a contabilizar 304 casos confirmados de covid-19 no território regional”, pode ler-se no boletim epidemiológico da autoridade de saúde do arquipélago.
No mesmo documento, o IASaúde adianta que destes novos casos, oito são importados, sendo dois do Reino Unido, outros dois da Polónia, o mesmo número do Brasil, tendo a Suíça e a Região de Lisboa e Vale do Tejo um doente cada, além de haver uma nova situação de transmissão local.
A autoridade regional enfatiza que existem outras “21 situações que se encontram hoje em estudo pelas autoridades de saúde”, decorrendo as respetivas investigações epidemiológicas.
Este instituto salienta que a região contabiliza hoje “108 os casos ativos, dos quais 101 são casos importados identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas no Aeroporto da Madeira e sete de transmissão local”.
O IAsaúde também realça que existem “cinco novos casos recuperados”, ascendendo a 196 doentes que deixaram de estar infetados com covid-19 no arquipélago.
Sobre os 108 doentes com situação ativa, assegura estarem a cumprir quarentena, com 62 pessoas a cumprirem isolamento numa unidade hoteleira, 45 em alojamento próprio e um “encontra-se internado na Unidade Polivalente dedicada à covid-19 no Hospital Dr. Nélio Mendonça”, no Funchal.
“Até ao dia 15 de outubro, foram contabilizadas na Madeira 1.764 notificações de casos suspeitos dos quais 1.460 não se confirmaram”, indica a autoridade regional de saúde.
No boletim indica que “18.917 pessoas estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde dos vários concelhos da região, com recurso à aplicação MadeiraSafe, estando 8.771 estão em vigilância ativa”.
Sobre a operação de despiste efetuada aos viajantes no aeroporto e porto da Madeira, o Iasaúde aponta que foram efetuadas 84.300 colheitas até às 18:00 de hoje.
França atinge recorde com mais de 30.000 novos casos
A França ultrapassou os 30.000 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, pela primeira vez desde o lançamento de testes em grande escala, de acordo com os dados da Saúde Pública francesa publicados hoje.
O número de novas infeções é de 30.621, o que eleva o total de casos para os 809.684, especifica o órgão de saúde, acrescentando ainda 88 mortes nas últimas 24 horas, o que faz um total de 33.125 óbitos desde o início da pandemia.
No país existem 1.586 fontes de contágio em investigação ativa, dos quais 130 foram localizadas no último dia.
O número de pacientes internados na última semana é de 6.529, dos quais 1.750 estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
A taxa de resultados positivos nos testes de diagnósticos é de 12,6% em todo o país.
No balanço do órgão de saúde, as autoridades indicam que existem 84 departamentos, de um total de 101, em situação de vulnerabilidade elevada devido à forte circulação do vírus.
O Governo confirmou hoje que o país vai entrar em estado de emergência sanitária no sábado, o que permite a aplicação de medidas extraordinárias como o toque de recolher em Paris e outras oito grandes cidades, das 21:00 até às 06:00 locais, durante um mínimo de quatro semanas.
Além disso, estão proibidas as festas e celebrações privadas em todo o país e foi ampliada a aplicação de protocolos estritos de segurança em restaurantes e locais de receção de público em todo o país.
Urgências do Centro de Saúde de Estremoz encerram devido a sete casos positivos
O Serviço de Urgência Básica (SUB) do Centro de Saúde de Estremoz (Évora) encerrou esta tarde devido à existência de sete casos positivos de covid-19, na unidade de saúde, disse o presidente do município, Francisco Ramos.
O autarca indicou à agência Lusa que o SUB do centro de saúde local fechou para desinfeção, devido a este foco de covid-19, que envolve sete pessoas infetadas, entre médicos, enfermeiros e auxiliares.
Francisco Ramos explicou que os doentes que se deslocarem ao SUB de Estremoz vão ser encaminhados para as urgências do hospital de Évora.
O presidente do município referiu ainda que está prevista a reabertura do SUB do centro de saúde, no próximo domingo, às 08:00.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.128 pessoas dos 93.294 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
App Stayaway Covid com mais 177.470 ‘downloads’ entre quarta-feira e hoje
A aplicação de rastreio StayawayCovid-19 foi descarregada por 177.470 ‘smartphones’ entre quarta-feira e hoje, revelou hoje o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC).
Segundo o instituto do Porto, entre quarta-feira e hoje, 177.470 pessoas descarregaram a aplicação de rastreio StayawayCovid-19, passando de 1.505.572 ‘downloads’ na quarta-feira, para 1.683.042 ‘downloads’ hoje.
De terça para quarta-feira, a aplicação foi descarregada por 73.509 dispositivos.
“É muito provável que os descarregamentos estejam relacionados com duas coisas, a tomada de decisão do Governo [sobre obrigatoriedade da utilização da aplicação], mas também o jogo da seleção [de futebol] de ontem [quarta-feira], porque nos últimos dois jogos da seleção foi feita muita divulgação. Não consigo avaliar a relação direta, mas que ela existe, existe”, disse à Lusa Rui Oliveira, administrador do INESC TEC.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo ia apresentar ao parlamento uma proposta de lei para que seja obrigatório quer o uso de máscara na via pública quer a utilização da aplicação StayawayCovid em contexto laboral, escolar, académico, bem como nas Forças Armadas, Forças de Segurança e na administração pública.
No seguimento do anúncio do primeiro-ministro, a Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) alertou na quarta-feira que tornar o uso da aplicação StayAway Covid obrigatória “suscita graves questões relativas à privacidade dos cidadãos”, adiantando que aguarda pela oportunidade de se pronunciar no Parlamento.
Questionado pela Lusa, Rui Oliveira afirmou que do ponto de vista da aplicação “não há rigorosamente nada” que o INESC TEC possa fazer para evitar que outras aplicações acedam à localização nos ‘smartphones’ do sistema operativo Android [que liga automaticamente o GPS quando se liga o Bluetooth], sendo da responsabilidade do utilizador ter o cuidado de não permitir que outras aplicações acedam à sua localização.
Quanto ao sistema operativo da Apple, Rui Oliveira acrescentou que “essa questão nunca se colocou”, uma vez que o sistema não ativa o GPS quando se liga o Bluetooth.
“Estas questões nunca causaram polémica antes da stayawayCovid aparecer. Se calhar é mais um serviço que a stayaway está a fazer socialmente que é chamar as pessoas à atenção de que quando usam uma aplicação, seja ela qual for, têm de ter muita atenção de saber que dados é que essa aplicação está a usar, mas a Stayaway não usa esses dados”, observou.
A aplicação móvel, lançada no dia 01 de setembro, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones’, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus.
Caso o utilizador teste positivo para o novo coronavírus, que provoca a covid-19, a aplicação é desativada, sendo que, antes de o fazer, alerta os utilizadores que tiveram em contacto com os diferentes códigos gerados pelo ‘smartphone’ de que o mesmo está infetado. Após a recuperação, a aplicação deve ser reinstalada para que o processo de monitorização se inicie.
PCP considera inadequada obrigatoriedade da utilização da ‘app’ e vai opor-se
O PCP pediu hoje uma clarificação das situações em que será obrigatório o uso de máscara, para evitar “discricionariedade”, e considerou que a obrigatoriedade da utilização da aplicação StayAway Covid “é desadequada”, pelo que vai opor-se-lhe.
“Chamamos a atenção para as condições de utilização da máscara serem definidas com clareza para evitar os problemas que resultam dessa discricionariedade”, afirmou o líder parlamentar, João Oliveira, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa.
Já quanto à utilização da aplicação para telemóveis, o comunista considerou que “não é uma proposta adequada”.
“Naturalmente opor-nos-emos a ela, se essa questão for colocada na especialidade votaremos contra e, portanto, esse será o primeiro passo que daremos porque não consideramos que as condições em que esta proposta é apresentada sejam adequadas”, adiantou o deputado.
João Oliveira disse que o partido tem dúvidas “relativamente ao respeito por direitos liberdades e garantias previstos na Constituição” e identificou também uma “duvidosa determinação e eficácia das condições em que esta aplicação se prevê que seja utilizada”.
“Eu diria que não dão segurança a ninguém sendo inscritas na lei”, frisou, exemplificando: “no contexto de um serviço público, os trabalhadores que trabalham nesse serviço público, como estão em contexto laboral são obrigados a utilizar a aplicação mas quem se desloca aquele serviço público não é”.
Assim, o comunista perguntou “a eficácia que se pretende com a determinação da obrigatoriedade de uma aplicação neste contexto”.
Questionado sobre o sentido de voto do PCP, João Oliveira respondeu ter conhecimento de que a proposta de lei “vai baixar à comissão sem votação, portanto essa questão em relação à votação na generalidade não se coloca”.
“Eventualmente na especialidade poderá colocar-se na apreciação de cada um dos artigos, mas com estas prevenções que já aqui deixei na apreciação que fazemos não será difícil encontrar, relativamente a cada um dos artigos que consta da proposta de lei, a consequência do ponto de vista do sentido de voto do PCP”, acrescentou.
Ressalvando que será preciso deixar correr o processo legislativo para perceber “exatamente o que é que chega ao final e se chega alguma coisa ao final do processo legislativo” o líder parlamentar assinalou que “naturalmente será em função desse texto definitivo da proposta de lei” que o PCP tomará “uma posição definitiva”.
O comunista explicou que inicialmente o Governo deu indicação aos partidos de que era sua intenção que a proposta de lei fosse no mesmo dia votada na generalidade, especialidade e em votação final global, mas que durante a tarde de hoje os partidos foram informados de que será apresentado um requerimento a pedir a baixa do diploma, sem votação, à discussão na especialidade.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quarta-feira que o Governo ia apresentar ao parlamento uma proposta de lei para que seja obrigatório quer o uso de máscara na via pública quer a utilização da aplicação StayAway Covid em contexto laboral, escolar, académico, bem como nas Forças Armadas, Forças de Segurança e na administração pública.
Ao fim do dia, o diploma entrou na Assembleia da República e prevê multas que variam entre os 100 e os 500 euros para quem não cumprir a lei, tanto na parte das máscaras como da aplicação.
Espanha registou hoje mais de 13.000 novos casos e 140 mortes
Espanha registou hoje 13.318 novos casos de covid-19 elevando para 921.374 o total de infetados no país, dos quais 61.388 diagnosticados na última semana, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.
Por outro lado, as autoridades contabilizaram mais 140 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 33.553.
A região de Madrid lidera a lista de novos casos positivos, com 2.870, e um total de 273.615.
Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.473 pessoas, das quais 333 em Madrid, 242 na Catalunha e 237 na Andaluzia.
Em todo o país há 11.692 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais 1.702 pacientes em unidades de cuidados intensivos.
O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, defendeu hoje no parlamento o estado de emergência em vigor em Madrid devido à situação “muito preocupante, muito instável e muito frágil”, não se podendo “baixar a guarda” nessa região.
Governo central, de esquerda, e autoridades regionais, de direita, continuam de “costas voltadas”, com posições diferentes em relação à forma como se deve lutar contra a pandemia nesta comunidade autónoma.
O executivo regional e os partidos de direita aproveitam todas as oportunidades para criticar o estado de emergência imposto, defendendo que a medida foi tomada por razões políticas e não epidemiológicas.
Entretanto, a cidade de Salamanca, a cerca de 120 quilómetros de Portugal, ficará parcialmente fechada e com medidas restritivas durante 14 dias a partir de sexta-feira à noite, para conter a progressão de covid-19, anunciaram hoje as autoridades regionais de Castela e Leão.
A cidade de 144.000 habitantes, famosa pela sua universidade do século XIII, junta-se assim ao grupo de cidades espanholas que sofrem de restrições de mobilidade, incluindo a capital do país, Madrid.
As medidas que vão entrar em vigor proíbem os habitantes da cidade de sair e entrar no concelho, exceto por razões específicas, como ir trabalhar ou para tratamento médico.
Os residentes podem circular com toda a liberdade pela cidade, mas os cafés, bares, restaurantes e lojas passam a ter a sua lotação reduzida.
As reuniões ficam limitadas a um máximo de seis pessoas, tanto em locais públicos como privados, e as visitas aos lares para idosos são suspensas exceto em circunstâncias particulares ou situações de fim de vida.
Várias regiões espanholas têm aplicado medidas sanitárias para lidar contra a pandemia de covid-19, e entre as mais drásticas está o encerramento de bares e restaurantes na Catalunha durante pelo menos 15 dias, a partir de hoje à noite.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.128 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.155 mortos, mais de 654 mil casos), seguindo-se Itália (36.289 mortos, mais de 372 mil casos), Espanha (33.553 mortos, mais de 921 mil casos) e França (33.037 mortos, mais de 779 mil casos).
Sobe para 11 o número de mortes nos lares da Misericórdia de Bragança
Um idoso de 84 anos morreu nas últimas horas, elevando para 11 o número de óbitos no surto de novo coronavírus nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Bragança, informou hoje a instituição.
Desde a última atualização feita na quarta-feira, há a registar a morte de mais um idoso e duas altas hospitalares de utentes que estavam internados no hospital de Bragança, onde se mantém quatro idosos com uma média de idades de 86 anos.
Os dados foram divulgados hoje pela Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia, através do Gabinete de Comunicação e Imagem, com a indicação de que fará novo ponto da situação quando “houver dados relevantes a comunicar”.
O surto nos lares da Misericórdia de Bragança já atingiu mais de 140 dos cerca de 170 utentes, onze dos quais morreram.
Além dos idosos, existem ainda 43 casos ativos de infeção entre os trabalhadores da instituição.
Do total de infetados desde o início do surto, foram registados “três casos de recuperação” relativos a trabalhadores.
O surto atingiu os três lares de idosos da Misericórdia de Bragança, localizados no complexo no centro da cidade de Bragança e onde o primeiro caso positivo detetado, relativo a uma funcionária, ocorreu a 23 de setembro.
Os utentes e colaboradores de todas as respostas sociais da Misericórdia de Bragança foram todos testados, num total de cerca de 700 pessoas, ficando apenas de fora as mais de 300 crianças dos infantários e escola básica.
O surto de coronavírus ficou, segundo a direção, circunscrito aos lares de idosos e representa mais de metade dos casos ativos no concelho de Bragança.
Todos os doze concelhos do distrito de Bragança têm atualmente casos ativos de infeção pelo novo coronavírus.
O distrito de Bragança contabiliza cerca de 1.100 casos confirmados de infeção desde o início da pandemia, com 44 mortes associadas à covid-19.
Itália regista novo recorde de casos diários com 8.804 infeções
Itália registou hoje aumento de contágios de covid-19, ao contabilizar 8.804 novos casos nas últimas 24 horas, contra os 7.332 da véspera, o que constitui um novo recorde absoluto de infeções desde o início da pandemia.
Segundo os dados do Ministério da Saúde italiano, o total de novos contágios coincide com o aumento do número de estes de diagnóstico que, nas últimas 24 horas, ascenderam a quase 163.000.
Com os novos casos diários de infeção, Itália acumula desde fevereiro 381.602 pessoas infetadas com o novo coronavírus.
Em relação aos óbitos nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde italiano contabilizou 83, quase o dobro dos registados quarta-feira, elevando o total de mortes para 36.372.
A aumentar continua também o número de pacientes hospitalizados, que são já quase 5.800 em todo o país, enquanto o de internados nas unidades de cuidados intensivos subiu em 47 para um total de 586.
O Governo italiano está a aprovar várias restrições por decreto – foi prolongado o estado de emergência até 31 de janeiro de 2021 -, embora o primeiro-ministro Giuseppe Conte negue, para já, que o país possa regressar novamente a um confinamento total.
Reino Unido mais 138 mortes, terceiro dia consecutivo acima da centena
O Reino Unido registou 138 mortes, o terceiro dia consecutivo em que ultrapassa a barreira da centena, e 18.980 novas infeções de covid-19, nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico.
Na quarta-feira tinham sido registadas 137 mortes e 19.724 novos casos.
O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido é agora de 673.622 casos de infeção confirmados e de 43.293 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.
O número de pessoas hospitalizadas também aumentou, para 4.941, das quais 563 com auxílio respiratório por ventilador.
Hoje, o ministro da Saúde, Matt Hancock, anunciou no parlamento que Londres e várias outras áreas de Inglaterra vão ser elevadas para o segundo nível de restrições desenhadas para tentar conter a pandemia de covid-19.
O nível “muito elevado”, o segundo mais alto de uma escala de três, proíbe o convívio entre agregados familiares em espaços fechados como casas ou locais públicos como bares e restaurantes, para além das medidas atualmente em vigor.
A maior parte da Inglaterra ainda se encontra no nível “médio”, o mais baixo desta escala, que permite o convívio social em espaços fechados ou ao ar livre, mas em grupos de até seis pessoas e obriga ao encerramento de bares e restaurantes às 22:00.
Hancock admitiu que o vírus está a crescer “exponencialmente” no Reino Unido, mas defendeu a estratégia de tentar agir localmente para suprimir o vírus e evitar a sobrecarga dos serviços de saúde sem fechar escolas nem a atividade económica.
“O vírus não está a espalhar-se de forma uniforme e a situação é particularmente grave em várias partes do país”, afirmou, adiantando que na capital britânica, o número de casos está a duplicar a cada 10 dias e a taxa média ao longo dos últimos sete dias até hoje é de 97 casos por 100 mil habitantes.
Entretanto, autarcas da região de Manchester e norte de Inglaterra estão a pressionar o governo para oferecer mais apoio financeiro a trabalhadores e empresas locais quando estas áreas passarem para o grau máximo de restrições, que implica, por exemplo, o encerramento do setor da restauração.
Salamanca encerrada parcialmente a partir de sexta-feira à noite
A cidade espanhola de Salamanca, a cerca de 120 km de Portugal, ficará parcialmente fechada e com medidas restritivas durante 14 dias a partir de sexta-feira à noite, para conter a progressão de covid-19, anunciaram hoje as autoridades regionais.
“Salamanca vai iniciar um período de limitação da mobilidade e da lotação das áreas comerciais a partir de sexta-feira à noite”, disse Veronica Casada, responsável pela Saúde na região de Castela e Leão, numa conferência de imprensa.
A cidade de 144.000 habitantes, famosa pela sua universidade do século XIII, junta-se assim ao grupo de cidades espanholas que sofrem de restrições de mobilidade, incluindo a capital do país, Madrid.
As medidas que vão entrar em vigor proíbem os habitantes da cidade de sair e entrar no concelho, exceto por razões específicas, como ir trabalhar ou para tratamento médico.
Os residentes podem circular com toda a liberdade pela cidade, mas os cafés, bares, restaurantes e lojas passam a ter a sua lotação reduzida.
As reuniões ficam limitadas a um máximo de seis pessoas, tanto em locais públicos como privados, e as visitas aos lares para idosos são suspensas exceto em circunstâncias particulares ou situações de fim de vida.
Veronica Casada explicou que Salamanca ultrapassou, com uma taxa de 504, o limiar estabelecido pelo Ministério da Saúde (500 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias).
Duas outras cidades da região de Castela e Leão já tinham sido afetadas por medidas idênticas na semana passada, Palência e Leão.
Várias regiões espanholas têm aplicado medidas sanitárias para lidar contra a pandemia de covid-19, e entre as mais drásticas está o encerramento de bares e restaurantes na Catalunha durante pelo menos 15 dias, a partir de hoje à noite.
Espanha é um dos países mais afetados a nível mundial pela doença, tendo registado até quarta-feira mais de 900.000 casos positivos e mais de 33.000 mortes.
CDC alerta para perigo de segunda vaga “devastadora” em África
O diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC) alertou que se os países e as pessoas abrandarem as medidas contra a covid-19 haverá uma segunda vaga com “consequências devastadoras”.
“Apelo fortemente ao continente para que não baixe a guarda porque as consequências seriam devastadoras”, advertiu John Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal sobre a evolução da pandemia no continente africano.
Desde que a primeira infeção continental foi detetada a 14 de fevereiro, no Egito, a região acumulou pouco mais de 1,6 milhões de casos (4,2% do total mundial), mais de 39.000 mortes (3,6% do total mundial) e 1,3 milhões de pessoas recuperadas, segundo os últimos dados divulgados hoje pelo CDC África, uma agência que funciona no âmbito da União Africana (UA).
Cinco países são responsáveis por 69% das infeções notificadas no continente, com destaque para a África do Sul, que concentra 43% dos casos, equivalente a quase 700 mil pessoas, numa lista em que figuram também Marrocos, Egito, Etiópia e Nigéria.
Depois do pico registado em julho, a evolução da pandemia abrandou, mas nas últimas quatro semanas o ritmo de contágios acelerou, havendo um aumento médio de 7% das novas infeções, de acordo com o virologista camaronês, que destacou também o “aumento médio de 8% no número de novas mortes por semana” durante esse período.
“Atingimos um ponto crítico na nossa resposta” à crise do coronavírus; já assistimos a grandes reduções no número de casos, mas agora estamos a assistir a aumentos”, alertou Nkengasong.
O diretor do África CDC avisou que o continente não pode dar-se ao luxo de abrandar as medidas de contenção e avisou que a fadiga tem de ser combatida.
“Não podemos permitir-nos uma segunda vaga no continente devido à fadiga, as nossas economias não sobreviveriam”, concluiu o responsável.
África registou nas últimas 24 horas mais 254 mortes devido à covid-19, para um total de 39.122, havendo 1.603.982 infetados, mais 11.433, segundo os últimos dados relativos à pandemia no continente.
De acordo com o África CDC, nas últimas 24 horas, o número de recuperados nos 55 Estados-membros da organização foi de 7.072, para um total de 1.325.204 desde o início da pandemia.
Autoridades de saúde permitem testes rápidos mas com “ponderação e reserva”
Os testes rápidos à covid-19 podem ser aplicados de acordo com a situação clínica e epidemiológica, mas devem ser utilizados com “ponderação e reserva”, segundo uma circular conjunta da Direção-Geral da Saúde, do Infarmed e do Instituto Ricardo Jorge.
“Os testes de diagnóstico rápido de deteção de antigénio devem ser utilizados de acordo com a situação clínica, epidemiológica e o objetivo para o qual se destinam: deteção de casos de forma rápida, para a célere implementação de medidas de controlo da transmissão do SARS-CoV-2”, refere o documento.
O seu desempenho “depende muito do contexto, clínico e epidemiológico, em que são utilizados, sendo recomendada ponderação e reserva na sua utilização em casos sem critérios clínicos e epidemiológicos”, adianta a circular informativa conjunta “Diagnóstico COVID-19 – Testes de pesquisa de antigénio”.
É obtida “uma maior sensibilidade dos testes” quando são realizados em indivíduos sintomáticos e numa fase inicial da infeção (casos com início dos sintomas inferior a 5-7 dias), período em que a carga viral no trato respiratório superior é mais elevada.
Segundo o documento, “a nova geração de testes rápidos de deteção de antigénio com características melhoradas (com sensibilidade superior a 90%, de acordo com a informação do fabricante), coloca os testes 2/3 rápidos de deteção de antigénio como uma escolha válida para a realização do diagnóstico de casos suspeitos de covid-19”, refere a circular.
Os testes registados em Portugal, no Infarmed, apresentam características de desempenho diversas, variando a sensibilidade entre 60% e 99%, com especificidades “consistentemente elevadas (≥98%)”, refere o documento assinado pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e pelos presidentes da Autoridade Nacional do Medicamento, Rui Ivo, e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida.
Por esta razão, “é necessária a fixação de características mínimas de sensibilidade e de especificidade dos testes, para a utilização e realização do diagnóstico da covid-19 através de testes rápidos de pesquisa de antigénio”.
Os critérios mínimos de desempenho para estes testes estão definidos por alguns países e pela Organização Mundial de Saúde. Em Portugal são aceites os que apresentem os padrões de desempenho com valores de sensibilidade superior ou igual a 90% e de especificidade superior ou igual a 97%.
“No contexto dos desafios próximo outono/inverno e perante a situação epidemiológica atual, é da maior importância, não só o aumento do número de indivíduos testados, mas também a rapidez do diagnóstico, tendo como objetivo a deteção rápida, do SARS-CoV-2 associado à infeção respiratória, para a implementação célere de medidas de isolamento que conduzam à contenção da transmissão do vírus”, destaca o documento.
Os testes rápidos têm uma menor sensibilidade que a metodologia de referência – os testes de biologia molecular (RT-PCR) – no entanto, quando corretamente realizados e interpretados podem orientar as decisões em saúde pública e a vigilância da covid-19, acrescenta.
A monitorização do desempenho dos testes deverá ser acompanhada através da análise de controlos pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge e a identificação de resultados “falsos positivos” ou “falsos negativos” deverá ser reportada ao Infarmed.
Mais de 38,5 milhões de infetados no mundo desde início de pandemia
Mais de 38.571.770 pessoas foram infetadas em todo o mundo com o novo coronavírus desde que este foi descoberto em dezembro na China, indica um balanço às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) da agência France-Presse.
O número de mortos no mesmo período foi de 1.093.624 e pelo menos 26.662.700 pessoas são consideradas curadas, segundo a AFP.
Nas últimas 24 horas registaram-se 5.948 mortos e 365.249 novos casos de covid-19. Os países que registaram mais mortes no último dia foram os Estados Unidos com 794 mortos, o Brasil com 749 e a Índia com 680.
Os Estados Unidos são o país mais afetado, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 216.904 mortos entre 7.917.189 casos, segundo o balanço da universidade Johns Hopkins. Pelo menos 3.155.794 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais enlutados são o Brasil com 151.747 mortos em 5.140.863 casos, a Índia com 111.266 mortos (7.307.097 casos), o México com 84.898 mortes (829.396 infetados) e o Reino Unido com 43.155 mortes (654.644 casos).
Entre os países mais afetados, o Peru é o que conta com mais mortos em relação à sua população, 102 por cada 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (89), Bolívia (72) e Espanha (71).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) declarou um total de 85.622 casos (11 nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortos (0 no último dia), e 80.748 curas.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje às 11:00 TMG 373.930 mortos em 10.258.546 casos, a Europa 245.984 mortes (6.882.373 infetados), os Estados Unidos e o Canadá 226.566 mortos (8.106.148 casos), a Ásia 155.781 mortos (9.436.577 infetados), o Médio Oriente 51.566 mortes (2.249.650 casos), África 38.832 mortos (1.605.588 casos) e a Oceânia 1.001 mortos (32.890 infetados).
O número de casos diagnosticados só reflete, contudo, uma fração do número real de infeções. Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de limitadas capacidades de despistagem.
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde.
Alemanha bate recorde de novas infeções desde abril, com 5 mil casos
A Alemanha registou hoje 5.132 novas infeções pelo novo coronavírus, o maior número de novos casos desde abril, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, que na terça-feira tinha indicado 4.122 infetados.
Desde o início da pandemia, a Alemanha soma 334.585 infeções confirmadas.
Nas últimas 24 horas, foram registados 40 óbitos pela covid-19, o que, segundo o RKI, representa um aumento significativo.
Na terça-feira, foram contabilizadas 13 mortes. O número de óbitos por covid-19 durante a pandemia no país é de 9.677.
A chanceler alemã, Angela Merkel, vai reunir-se hoje com os chefes de governo dos 16 estados federais alemães para coordenar medidas contra o agravamento da pandemia.
Em vários estados da federação foram introduzidas novas restrições, como o encerramento de bares e restaurantes a partir das 23 horas e a proibição da venda de álcool no mesmo horário.
A maioria dos estados federais também proibiu os hotéis de receber hóspedes de áreas consideradas de risco, ou seja, locais com incidência semanal de mais de 50 novas infeções por 50 mil habitantes.
Apenas no caso de os hóspedes apresentarem teste negativo, inferior a 48 horas, é que podem ser excluídos desta proibição.
A medida está a gerar polémica porque, de acordo com alguns dos seus críticos, as viagens dentro da Alemanha não têm sido um fator determinante para o aumento de casos.
Além disso, tem levado muitas pessoas sem sintomas e sem razão para acreditar que tenham sido infetadas a solicitarem um teste para poder viajar dentro da Alemanha, o que ameaça sobrecarregar as capacidades dos laboratórios.