Está por semanas a abertura ao público do Arco da Vila, património nacional que é o ex-libris da cidade de Faro e que foi recentemente intervencionado no sentido da conservação e manutenção, apresentando-se agora de ‘cara lavada’.
Os trabalhos desenvolvidos foram-no em prol da manutenção e da recuperação da caiação original e o ‘novo’ Arco da Vila vai em breve permitir a farenses e turistas subirem até ao seu topo para desfrutarem da vista e para observarem de perto o relógio que encima o ícone arquitectónico.
Centro interpretativo e Capela do Ó
Mas mais do que isto, realçou ao POSTAL Paulo Santos, vice-presidente da Câmara de Faro, “o novo aproveitamento daquela construção vai passar a disponibilizar um Centro Interpretativo do Arco da Vila, bem como o aceso à Capela do Ó, integrada no monumento” e há muito longe dos olhos populares.
A Capela do Ó, que poucos se apercebem existir está escondida pela muralha medieval e só os mais atentos podem dela dar-se conta passando o arco, entrando na Cidade Velha e olhando para trás. O antigo templo quinhentista e hoje dessacralizado é uma capela caiada de branco que encima a parte interior do arco.
Já o centro interpretativo permitirá entender o monumento, mandado construir pelo Bispo D. Francisco Gomes do Avelar e terminado em 1812, e vai ficar instalado no primeiro e segundo pisos sobre o posto de turismo da cidade (edifício à esquerda do Arco da Vila visto de fora da Cidade Velha).
Para se aceder ao topo do arco ter-se-á de passar pelo centro interpretativo e a partir do topo o convite é deslumbrar-se com a vista, na companhia dos dois casais de cegonhas que há muito fizeram do Arco da Vila a sua casa.
Uma mais-valia para cidade
Para Rogério Bacalhau “esta intervenção e reabilitação patrimonial constitui uma substancial mais-valia para a cidade”.
O presidente da Câmara realça que “não só do ponto de vista estético, mas também de fruição, o Arco da Vila, que milhares de turistas levam em fotografias por esse mundo fora, terá todo um novo enquadramento e valor, como compete ao postal turístico mais importante da cidade”.
As obras orçaram em cerca de 72 mil euros, não incluindo o material de comunicação e recheio do centro interpretativo, que é o que falta concluir a obra para que esta possa ser aberta ao público.
Obras melhoram todo o centro de Faro
Paulo Santos relembra que “a obra está integrada num conjunto vasto de intervenções que a autarquia decidiu fazer para valorização do centro” da capital de distrito e que contaram com o apoio financeiro de uma candidatura a fundos do PO Algarve21.
“A primeira fase de instalação das 51 telas de sombreamento nas ruas pedonais ficará concluída durante o mês de Novembro (segue-se uma segunda fase já no próximo ano) e foram intervencionados segmentos da muralha da Cidade Velha, bem como, foi pintado o Arco do Repouso”, sublinha o autarca.
O vice-presidente relembra ainda a intervenção de requalificação da Rua da Misericórdia / Jardim Manuel Bívar e a conservação da fachada do Museu Municipal que foram recentemente concluídas.
Faro passa assim, em breve, a ter um novo miradouro que permitirá uma relação de maior proximidade com o Arco da Vila para residentes e estrangeiros.