A partir da noite desta segunda-feira, “a iluminação da nova ponte sobre o Rio Gilão será ligada”, informa a autarquia de Tavira através da sua página de Facebook.
“O atraso nos processos de certificação e de contrato de energia elétrica, os quais estavam dependentes de entidades externas, condicionou a sua abertura” refere o município, acrescentando que “superada esta situação, amanhã, dia 30, todos os tavirenses poderão usufruir desta infraestrutura”.
Recorde-se que em dezembro de 2019, tinha sido apresentado em Assembleia Municipal um manifesto onde um grupo de 24 arquitetos, entre os quais Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, solicitavam à Câmara de Tavira repensar o projeto da nova ponte no centro histórico da cidade.
No documento, os arquitetos apelavam à autarquia para que tivesse a “coragem” de “dar um passo atrás” e que parasse “para refletir a favor da definição de uma estratégia de intervenção urbana abrangente” para a frente ribeirinha.
No entanto, a Câmara de Tavira manteve a sua opinião quanto à necessidade da existência de uma ponte no local definido, argumentando que iria estar “em perfeita harmonia com a paisagem patrimonial e paisagística”.
Para a autarquia, a cidade “em nada sairá prejudicada com esta nova travessia” considerando, pelo contrário, que “irá beneficiar e valorizar a zona nobre da cidade”, paralelamente ao projeto de requalificação das margens.
Na altura, em novembro, o movimento de cidadãos ‘Tavira Sempre’ tornou pública a sua intenção em travar a construção da nova ponte na cidade, argumentando tratar-se de uma solução que iria “contra a vontade da população”.
A nova ponte sobre o Rio Gilão vem substituir a anterior ponte provisória – edificada na sequência das cheias de 1989 – e colmatar os danos causados na antiga ponte sobre o rio Gilão, que acabou por se manter ativa durante 30 anos, mas que tinha sido interditada ao trânsito automóvel há mais de quatro anos por razões de segurança.