Os autarcas dos concelhos de Aljezur, Odemira, Sines e Vila do Bispo, abrangidos pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, exigiram ao Governo o levantamento da proibição da pesca lúdica devido à pandemia de covid-19.
Num comunicado conjunto, os autarcas dos municípios de Odemira (Beja) e Sines (Setúbal), no litoral alentejano, e de Aljezur e Vila do Bispo (Faro), no Algarve, manifestam-se preocupados relativamente à proibição da pesca lúdica e consideram urgente o levantamento das restrições.
Além de fazerem “eco do sentimento das populações destes concelhos”, defendem que “a pesca lúdica deve ser encarada com uma atividade desportiva que ajuda a economia familiar” e que “contribui para manter a mente e corpo sãos”, pode ler-se no comunicado, enviado hoje à agência Lusa pela Câmara de Sines.
Os autarcas “exigem que, de uma forma responsável e ponderada, estas atividades possam ser retomadas no contexto de um desconfinamento responsável, se necessário faseado por freguesias, permitindo aos residentes voltar a pescar ou mariscar na sua própria freguesia”.
As câmaras entendem ainda que “o esforço coletivo que tem sido feito pelas gentes destes concelhos”, que se viram privadas “de uma série de atividades a bem de um motivo maior, a saúde e a vida humana, deve ser reconhecido”.
A missiva apela e tenta sensibilizar o Governo para “um desconfinamento gradual para a pesca lúdica, ainda que mantendo a proibição de circulação entre concelhos”.
“Esta medida, além da questão cultural enraizada nestas populações, é fundamental para o bem-estar de muitas famílias, numa altura em que, além das dificuldades financeiras, subsistem preocupações com a saúde mental de muitas pessoas”, reforçam.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.732.899 mortos no mundo, resultantes de cerca de 123,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.794 pessoas dos 818.212 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.