Por questões de segurança e de prevenção da covid-19, a tradicional festa da passagem de ano com música e fogo de artifício realizada no espaço público, em Quarteira, foi cancelada.
No passado dia 4 de dezembro, o Governo anunciou medidas a aplicar em todo o território nacional, no período das festas de final de ano, para prevenir a propagação da pandemia. Destas medidas, que serão revistas a 18 de dezembro, consta a “limitação à circulação entre concelhos entre 31 de dezembro e 4 de janeiro”, assim como a “proibição de festas e celebrações públicas de cariz não religioso” (Secção III do Decreto nº 11/2020 da Presidência do Conselho de Ministros, artigos 48º e 52º).
Neste sentido, e para prevenir possíveis ajuntamentos que comprometam a segurança sanitária dos munícipes, a autarquia informa que “este ano não se realizarão as habituais iniciativas comemorativas da passagem de ano, nomeadamente os concertos e o fogo de artifício em Quarteira, sendo que as iniciativas contratadas para este ano serão reagendadas no âmbito de iniciativas a realizar ao longo do ano de 2021”, informou a autarquia em comunicado.
“Depois de um ano muito difícil, em que as pessoas tiveram que adaptar as suas rotinas diárias para se proteger da covid-19, não faria sentido arriscarmos o surgimento de mais surtos no nosso concelho, fruto dos festejos da passagem do ano. É preciso ter consciência de que, não existindo ainda nenhum tratamento que permita a cura das pessoas infetadas pelo vírus, a melhor forma de o combater reside na prevenção. A vacina, que chegará no início do próximo ano ao nosso país, será, com certeza, um grande passo para travar esta pandemia, mas este processo irá levar o seu tempo e os seus efeitos não serão visíveis de imediato. Assim, iremos continuar a primar pela cautela e priorizar a proteção da população através de prevenção”, declaram os responsáveis municipais.
A autarquia apela à responsabilidade de todos os munícipes, no que concerne aos festejos das festas do final de ano: “A evolução da curva pandémica no concelho depende em grande parte dos comportamentos de cada um de nós. É necessário ter consciência de que os ajuntamentos são a principal causa de propagação do vírus e, assim, apelamos a toda a comunidade deste concelho que evite o convívio social em massa e que se proteja em situações de grupo, nomeadamente através do uso da máscara e da lavagem frequente das mãos”.
Portugal contabiliza hoje mais 87 mortes relacionadas com a covid-19 e 4.320 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas 3.142 pessoas, menos 39 do que na quarta-feira, das quais 494 em cuidados intensivos, mais oito.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 5.902 mortes e 362.616 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 69.686, mais 924 em relação a quarta-feira.