A MONSTRARE – II Mostra Internacional de Cinema Social decorre a partir de amanhã e até sexta-feira em Loulé.
Monstrare, palavra latina que significa tornar algo visível, ou denunciar, dá novamente o mote para aquele que é o primeiro evento em Portugal dedicado exclusivamente ao cinema sobre temáticas sociais, sendo também o primeiro evento de cinema na Europa em 2016.
Nesta segunda edição serão apresentadas longas-metragens, sendo introduzidos ainda, antes das sessões de visionamento fílmico, vários momentos de debate-reflexão sobre as temáticas das películas exibidas, os quais contarão com a participação de entidades e profissionais ligados aos universos do Cinema, Intervenção Social, Associativismo, Cultura e Educação.
Amanhã, quarta-feira, pelas 21 horas, na Casa da Cultura de Loulé, é apresentado “Yellow Fever”, de Sophie Rousmaniere, um documentário sobre o boom da mineração de urânio no território Navajo, os prós e contras e o debate sobre energia nuclear nesta região. Os quatro cantos da área assentam no mais rico corredor energético da América do Norte. Carvão, gás natural, petróleo e urânio foram extraídos desta terra durante décadas, mas não sem consequências. Este documentário de uma hora explora o legado e o futuro potencial da mineração de urânio na nação Navajo e arredores, pelos olhos de uma jovem Navajo.
Documentários antecedidos por debates quinta e sexta-feira
Já na quinta e sexta-feira, o MONSTRARE vai estar no Cine-Teatro Louletano com a apresentação de mais dois documentários, às 21 horas, antecedidos por debates, que acontecem às 18. Assim, na quinta-feira, é projectada a longa-metragem “Os Olhos de André”, do realizador António Borges Correia, vencedora da Melhor Longa-Metragem Portuguesa, Prémio Árvore da Vida e Prémio TAP no Indie Lisboa. Trata-se da história de uma família à procura de harmonia, vista por um rapaz de 12 anos. É através dos olhos de André que vemos uma família destroçada pelas circunstâncias. Esta exibição conta com o apoio do Indie Lisboa.
Numa parceria com a Casa da América Latina, na sexta-feira é apresentado “A Jaula de Ouro”, de Diego Quemada-Díez, premiado nos Ariel Awards 2014 (México), Festival de Cannes 2013, Chicago International Film Festival 2013 e São Paulo International Film Festival 2013. Juan, Sara e Samuel são três jovens guatemaltecos que aspiram a uma vida melhor e que tentam chegar aos Estados Unidos. Durante a sua longa jornada através do México, reúnem-se a Chauk, um índio de Chiapas que não fala espanhol e que se junta a eles. Mas durante a viagem em comboios de carga ou ao longo dos trilhos, eles terão de enfrentar uma dura e violenta realidade.
O preço dos bilhetes para cada sessão é de três euros.
Mais informações e reservas através dos telefones 289 400 820/289 414 604 ou pelo email [email protected].