A encefalite equina oriental, uma doença rara mas extremamente mortal tem provocado alarme em diversas regiões dos Estados Unidos e, mais recentemente, em Espanha. O vírus, transmitido por várias espécies de mosquito, é mortal, responsável por uma elevada taxa de mortalidade, entre 30% e 50% dos infetados, afetando sobretudo crianças e idosos. Os sobreviventes não ficam ilesos: cerca de metade sofre de incapacidade permanente, principalmente com problemas neurológicos, e muitos acabam por sucumbir anos depois devido às sequelas da doença.
Nos Estados Unidos, o estado de Massachusetts enfrenta uma situação crítica. Em cidades como Douglas, Oxford, Sutton e Webster, as autoridades de saúde pública emitiram uma recomendação urgente para que os habitantes permaneçam em casa a partir das 20 horas. Esta medida visa reduzir o risco de infeção, uma vez que os mosquitos, vetores do vírus, são mais ativos durante a noite. Um caso grave já foi confirmado: um idoso local contraiu a doença e encontra-se em estado crítico.
O fim de semana passado trouxe uma escalada nas medidas preventivas. Em Plymouth, as autoridades decidiram fechar parques e outros espaços públicos durante a noite, numa tentativa de conter a propagação do vírus. O Departamento de Saúde Pública de Massachusetts classificou a situação nas áreas afetadas como “crítica”, sublinhando a gravidade da ameaça.
Entretanto, o vírus atravessou o Atlântico e chegou a Espanha, onde a situação está a gerar preocupação, especialmente em algumas zonas de Sevilha. Segundo o jornal El Confidencial, citado pelo Executive Digest, a encefalite equina oriental já causou três mortes na região, levando as autoridades locais a aconselhar a população a não sair de casa após o pôr-do-sol. Dezenas de milhares de pessoas estão a seguir estas recomendações, temendo a potencial letalidade do vírus. O ambiente é de medo e precaução, enquanto os casos de contágio continuam a aumentar devido às picadas de mosquitos.
A disseminação do vírus nas Américas e na Europa exige uma vigilância constante e medidas de prevenção rigorosas, principalmente em áreas onde os mosquitos são endémicos. O risco para a saúde pública é elevado, e a única defesa eficaz, por agora, é evitar a exposição aos mosquitos, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias. A encefalite equina oriental é um lembrete severo da fragilidade perante doenças transmitidas por vetores, sublinhando a necessidade de estratégias de controlo que possam prevenir surtos de dimensões catastróficas.
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