O bombeiro Carlos Carvalho, de 40 anos, de Cuba (Beja), que ficou ferido no incêndio em Castro Verde, morreu hoje no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse à agência Lusa o comandante da corporação.
Carlos Carvalho sofreu ferimentos graves no incêndio que ocorreu no dia 13 deste mês no concelho de Castro Verde, distrito de Beja, referiu o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cuba, José Galinha.
O bombeiro foi transportado de helicóptero, no mesmo dia, com queimaduras graves, para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde hoje morreu.
Este é o quarto bombeiro a morrer em contexto de combate a incêndios em Portugal no mês de julho.
Segundo José Galinha, o outro bombeiro da corporação de Cuba, Carlos Heleno, de 30 anos, que também sofreu queimaduras graves no combate ao mesmo incêndio, está em “situação estável” no Hospital de São José, em Lisboa, para onde foi transportado de helicóptero.
Nas operações de combate ao fogo, que deflagrou na tarde de 13 de julho, no concelho de Castro Verde, outros três bombeiros, das corporações de Ferreira do Alentejo, Castro Verde e Alvito, sofreram ferimentos ligeiros.
O incêndio agrícola, que foi dado como dominado às 02:22 do dia 14 deste mês, devastou uma área estimada em mais de dois mil hectares de seara, pasto e mato, segundo o comandante dos bombeiros locais, Vítor Silva.
Segundo autoridades locais, foram destruídos três por cento da área da Reserva da Biosfera da UNESCO em Castro Verde, uma zona de proteção especial de aves.
O combate às chamas, que obrigou ao corte do trânsito na Estrada Nacional 2 e no Itinerário Principal 2, chegou a mobilizar 165 operacionais, com o apoio de 60 veículos e três meios aéreos.
O alerta foi dado às 17:07 do dia 13, tendo o fogo de “grandes dimensões” deflagrado em Lagoa da Mó, perto de Casével.
O ministro da Administração Interna determinou, na altura, a abertura de um inquérito ao incêndio florestal.
Eduardo Cabrita manifestou hoje “profunda consternação” pela morte do bombeiro Carlos Carvalho, dos bombeiros da Cuba, que não resistiu aos ferimentos sofridos no combate ao fogo.