O artista plástico Julião Sarmento, um dos mais internacionais artistas portugueses, morreu hoje, em Lisboa, aos 72 anos, confirmou à agência Lusa a galerista Cristina Guerra.
Segundo avança a SIC Notícias, “o artista plástico não resistiu a um cancro”.
Julião Sarmento nasceu a 4 de novembro de 1948 em Lisboa. Depois de uma breve passagem por Londres, regressou depois à sua cidade natal, onde estudou pintura e arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes.
Iniciou a sua carreira nos anos 70, conjugando várias artes, desde a pintura, desenho, escultura, fotografia, vídeo e som. As suas obras interdisciplinares podem ser vistas na Fundação Calouste Gulbenkian e na Fundação de Serralves, mas também em museus internacionais como o Guggenheim de Nova Iorque (EUA) ou o Tate Modern (Reino Unido).
Autor de uma obra multifacetada, representou Portugal na Bienal de Arte de Veneza em 1997 e foi alvo de uma exposição pela Tate Modern, em Londres, em 2011.
Em 2012, o Museu de Serralves, no Porto, organizou a mais completa retrospetiva até hoje realizada do seu trabalho, uma obra que mereceu também o reconhecimento com a atribuição do Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).
Mais recentemente, no ano passado, Julião Sarmento editou o livro de fotografia “Café Bissau”, com imagens captadas entre 1964 e 2017.
Julião Sarmento deixou para trás uma obra que está espalhada e representada em muitas coleções públicas e privadas na Europa, América e Japão.