Cerca de mil migrantes foram auxiliados no ano passado pela Guarda Nacional Republicana, dos quais 473 foram resgatados de seis embarcações intercetadas, em operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira (FRONTEX).
Em comunicado, a GNR adianta que durante o ano de 2020 controlou cerca de 7.100 pessoas, tendo sido impedidas 13 entradas ilegais no espaço Schengen.
No âmbito da missão Frontex, a GNR realizou no ano passado 1.382 patrulhas, empenhou mais de 10.500 horas e percorreu cerca de 89 mil quilómetros (em terra) e 9.200 milhas náuticas (no mar) percorridos.
Entre 2007 e até 2020, a GNR empenhou mais de 800 militares em diversas operações combinadas da Agência Europeia de Fronteira e Guarda Costeira que “visaram prevenir, detetar e reprimir casos de imigração ilegal, tráfico de seres humanos e outros crimes fronteiriços, contribuindo, fundamentalmente, para a salvaguarda de vidas humanas”.
Segundo a nota, só no ano de 2020, provenientes de diversas valências policiais, foram destacados 114 militares da Guarda por toda a Europa, entre os quais 18 peritos designados como seconded Team Members (sTM), em países como a Bulgária, Croácia, Espanha, Grécia, Hungria, Itália e Polónia, que desempenharam inúmeras missões e tarefas na FRONTEX.
Entre as missões e tarefas destacam-se a vigilância da fronteira externa da União Europeia e operações de busca e salvamento.
Foi efetuada vigilância marítima e operações de busca e salvamento, com a utilização de embarcações, vigilância terrestre e apoio ao controlo das fronteiras, através de binómios cinotécnicos e de patrulhamento com recurso a veículos todo-o-terreno, dotados de câmaras de visão térmica (Thermo Vision Vehicle) e de sistemas de vigilância e deteção através de radar e de câmaras diurnas e noturnas, de alta resolução e alcance (Posto de Observação Móvel).
As missões visaram também a “deteção de crimes graves com dimensão transfronteiriça, incluindo tráfico de migrantes, tráfico de seres humanos e terrorismo, e investigação criminal, através de diversos militares, com formação na área, desempenhando tarefas de tratamento de dados pessoais, para efeitos de registo e asilo de migrantes, verificação e controlo de viaturas suspeitas em zonas de fronteira e processamento de informação policial e criminal”.
A GNR adianta também que hoje se inicia o ano operacional de 2021, encontrando-se previstas 16 operações FRONTEX com missões e tarefas distintas, tendo já sido destacados 30 militares da Guarda para integrar a Operação “Poseidon Sea 2021” na Grécia para iniciar funções.