A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte do bailarino, professor e diretor artístico Jorge Salavisa, “nome maior da dança contemporânea, tanto nacional como internacionalmente, e um homem que ajudou a definir a cultura em Portugal”.
Natural de Lisboa, Jorge Salavisa iniciou os seus estudos de dança com Anna Mascolo, tendo depois continuado sua formação em Paris.
Em 1960 ingressou na companhia do Marquês de Cuevas, dando início a uma carreira brilhante e amplamente reconhecida e premiada em todas as vertentes em que se envolveu. Enquanto bailarino, passou também pela companhia de Rolan Petit, o Ballet National Populaire, e, depois, pelo London Festival Ballet, onde ficou 14 anos.
Em 1977 regressou a Portugal para dirigir o Ballet Gulbenkian, cargo que ocupou até 1996. Foi programador e diretor artístico na Lisboa 94 – Capital da Cultura, coordenador da Oficina Coreográfica da Escola de Dança do Conservatório Nacional e professor em companhias estrangeiras. Dirigiu a Companhia Nacional de Bailado entre 1998 e 2001, implementando uma profunda reforma do seu repertório e corpo de baile.
Entre 2002 e 2010 foi diretor artístico do São Luiz – Teatro Municipal, instituição que modernizou e projetou no espaço artístico nacional e internacional. Foi presidente do Conselho de Administração do Opart, E.P.E., entidade que tutela o Teatro Nacional São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado, entre 2010 e 2011.
“Ao longo das décadas, Jorge Salavisa ajudou a escrever a história da dança em Portugal, seja como bailarino, seja como professor de gerações de bailarinos ou diretor artístico. O que a dança contemporânea é, hoje, em Portugal, tem o cunho muito particular deste artista e pedagogo exemplar”, refere Graça Fonseca em comunicado.
O seu papel à frente do Ballet Gulbenkian e da Companhia Nacional de Bailado fizeram de Portugal “um país pioneiro na relação entre coreógrafos, bailarinos e público
2.
“Devemos-lhe uma história muito completa da diversidade e, a partir daí, a atividade dos artistas portugueses que, pela sua mão, encontraram sempre as condições para se poderem afirmar”, remata a ministra da Cultura