Os ventos fortes, classificados como “mini tornado”, fizeram-se sentir por volta das 14.40 horas e pese embora os relatos de “enormes sustos”, não houve registo de feridos, até porque, como retrata Carlos Baptista, presidente da Junta de Freguesia de Cabanas de Tavira, “o facto de estar a chover fez com que não houvessem muitas pessoas na rua”.
Contudo, há registo de danos materiais na marginal de Cabanas, onde “os para-sóis do passadiço ficaram destruídos”, as “esplanadas viradas do avesso” e “uma embarcação foi projectada para o passeio”. Outras embarcações ficaram também parcialmente destruídas, refere Carlos Baptista, que registou ainda alguns estragos noutras zonas da freguesia, nomeadamente, “telhas arrancadas e outras embarcações afectadas”.
Segundo o autarca o susto foi grande, até porque as pessoas não sabem a proporção que uma intempérie destas pode atingir, mas “felizmente tratou-se de um fenómeno muito rápido e embora os ventos tenham sido muito fortes, atingiram uma faixa de terreno com largura reduzida”, minimizando assim os estragos na via pública e, principalmente, fazendo com que não tenham ocorrido feridos.
O presidente da Junta salienta a rápida intervenção por parte da Câmara de Tavira, na remoção dos materiais destruídos e no levantamento dos prejuízos.
Prejuízos acima de dez mil euros
Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, também elogiou, em declarações ao POSTAL, a rápida intervenção da Protecção Civil de Tavira que, “em poucas horas removeu todos os materiais destruídos na marginal de Cabanas”.
No que se refere aos prejuízos, o edil aponta para “alguns milhares de euros” e afirma ter já accionado o seguro da autarquia que cobre os efeitos deste tipo de fenómenos naturais, para que, “o mais rapidamente possível possamos repor o passadiço como estava antes da destruição”.
“Há registo de vários toldos destruídos, prevendo-se um prejuízo material acima da dezena de milhar de euros”, conclui o autarca.