O piloto português Miguel Oliveira apontou hoje à vitória num eventual regresso do MotoGP ao circuito de Portimão em 2021, caso se confirme uma corrida do Mundial na pista algarvia pela segunda vez neste ano.
O corredor da KTM fez o balanço da primeira metade da época, numa conferência de imprensa, em Almada, mas não deixou de projetar a segunda metade do ano, a partir do GP da Estíria, em agosto, e admitiu que tem ‘contas para ajustar’ com a pista portuguesa.
“Ficaria muito feliz por poder voltar a correr dentro de casa. A minha ambição é correr em condições diferentes e alterar o resultado que foi a queda prematura no GP de Portimão. Se acontecer [o regresso do Mundial ao Algarve neste ano], o objetivo para mim será, obviamente, apontar à vitória”, frisou o piloto de Almada.
O circuito de Portimão já recebeu, este ano, a terceira corrida do Mundial de velocidade, em 18 de abril, mas nos últimos dias tem sido noticiada a possibilidade de a pista algarvia voltar a entrar no calendário desta época, em substituição da corrida na Austrália, prevista para 24 de outubro.
Em 2020, Miguel Oliveira venceu o GP de Portimão numa corrida em que largou na frente da grelha de partida e conservou sempre a liderança, resultado muito diferente do obtido neste ano, quando uma queda logo nas primeiras voltas não lhe permitiu ir além do 16.º lugar.
Mas, independentemente de o Mundial de 2021 regressar ou não ao Algarve, o piloto acredita que a segunda metade da temporada tem circuitos “mais amigáveis” para a sua mota e estilo de condução.
A começar logo pelo GP da Estíria, onde venceu a sua primeira corrida no Mundial de MotoGP de 2020.
Para Miguel Oliveira, “todas as corridas são importantes, sobretudo quando são em fins de semana seguidos”, como é o caso de Salzburgo, que recebe os Grandes Prémios da Estíria e da Áustria, nos dias 08 e 15 de agosto, respetivamente, no reatar da temporada, após pouco mais de um mês de férias.
“É sempre importante ganhar nestas corridas, são oportunidades boas, sobretudo quando temos um passado que nos favorece. Cada ano é uma situação particular e temos sempre de fazer melhor, mas não vamos para uma prova onde ganhámos no ano passado com metas inferiores, como é natural”, admitiu o sétimo classificado do Mundial de MotoGP ao cabo de nove corridas.
E o facto de ter, finalmente, encontrado o equilíbrio certo entre o chassis da sua KTM e a composição dos pneus, ajudou aos resultados obtidos nas últimas quatro corridas, em pistas “muito desfavoráveis” para a sua equipa.
“Parece que sempre que respondo estou a tentar esconder alguma coisa, mas não há nada a esconder. Na corrida de Mugello começámos a usar um chassis que já tínhamos testado, que achávamos que em longa duração na corrida pudesse dar algo de positivo. Por outro lado, a equipa aliou-se a um novo parceiro técnico de combustível e tudo junto acabou por dar bom resultado”, explicou o piloto sobre a recente melhoria de resultados.
O número 88 do ‘paddock’, de resto, garante que “dentro da box” da KTM já havia a sensação de que “o pódio podia ter chegado há mais tempo”, mas terá faltado “aquela pontinha de sorte que às vezes é mesmo precisa”.
“Talvez na segunda corrida no Qatar. Portimão foi outra onde podia terminar no pódio. Jerez [de la Frontera] foi mais limitante pela posição de saída, mas depois, em França, tanto a seco como em chuva, podiam ter corrido muito bem e acabou por não correr porque caí”, justificou o piloto português.
O piloto da equipa de fábrica da KTM, Miguel Oliveira segue em sétimo lugar no Mundial 2021 de MotoGP, com 85 pontos, a 71 de Fabio Quartararo (Yamaha) ao fim de nove corridas disputadas nesta época.
O Mundial de velocidade retoma em 08 de agosto, com o Grande Prémio da Estíria, no circuito de Salzburgo, primeira das 10 corridas que faltam disputar até ao final da época que está prevista terminar em 14 de novembro, em Valência.