Dois matemáticos da Universidade de Manchester, no Reino Unido, David Cushing e David Stewart, surpreenderam o mundo em julho ao revelarem uma estratégia matemática que, teoricamente, garantiria uma vitória na Lotaria Nacional do Reino Unido com a compra de apenas 27 bilhetes, mesmo diante de mais de 45 milhões de possíveis combinações no sorteio.
Segundo o site zap.aeiou, a descoberta dos matemáticos fundamenta-se na geometria finita, um sistema geométrico que possui um número finito de pontos. Cushing e Stewart organizaram os números possíveis da lotaria em formas geométricas específicas e geraram bilhetes a partir dessas formas, explorando a peculiaridade matemática dessa abordagem.
Ao agrupar os números de 1 a 59 da lotaria em pares de tripletes dentro de cinco formas geométricas distintas, os matemáticos conseguiram criar 27 linhas, cada uma representando uma combinação única. Essas combinações abrangiam todas as possíveis combinações vencedoras de dois números, o mínimo necessário para garantir um prémio na lotaria.
Apesar da atenção global e do entusiasmo gerado pela descoberta, Cushing e Stewart decidiram não participar na lotaria, realçando que, embora o método seja estatisticamente intrigante, não se traduz numa estratégia financeiramente sólida. A garantia teórica de vitória não assegura que os ganhos superem os custos dos bilhetes, tornando a aplicação prática da estratégia uma decisão questionável.
A revelação dos matemáticos provocou um interesse generalizado, levando muitos a experimentar os 27 bilhetes sugeridos. No entanto, os resultados obtidos foram variados, reforçando a noção de que a lotaria, mesmo com estratégias matemáticas inovadoras, continua a ser um jogo de sorte com resultados imprevisíveis.
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