O tempo dita o fim das coisas, dita o fim da felicidade, dita apenas o fim.
Mas o que é o fim??
Sei que é algo que é algo para o qual nunca estamos preparados. Podemos pensar que não existe um fim. Mas há o fim de algo. O fim do brilho nos olhos. Do abanar de cauda quando chegamos a casa. Do apoio incondicional e da alegria infinita.
Não se fala, é tabu. Ou será só triste. E como tal a nossa mente cria distrações e bloqueios para não pensarmos nisso. Nas palavras de Bertolt Brecht “Temam menos a morte e mais a vida insuficiente”.
Todas as oportunidades são poucas para os fazer felizes, sinto que todos os passeios serão poucos, todos os mimos, todos os momentos serão poucos quando chegarmos ao fim.
Nem penso no depois, nem penso no fim, nem penso. Quero sorrir, quero correr, quero brincar, quero ser quem sou. Porque sim, com eles posso ser apenas eu que é suficiente.
O que é o fim?? O desaparecimento daquele conjunto de partículas que juntas eram a melhor coisa do mundo? Retifico, são, é !! Porque ela, eles, estão ainda, seguros ao meu lado.
O que é o fim? Não sei.
Algo inexplicável, algo que trás uma escuridão tão grande que é como se extinguisse toda a luz do universo.
Mas será isto o fim?
As histórias de príncipes e princesas terminam sempre com aquela frase doce e encantadora, e viveram felizes para sempre. Sou egoísta, quero o para sempre também.
Assim escrevo sobre ela, sobre eles, porque as palavras são infinitas, ou não, mas quero acreditar que sim.
E depois do fim?
Depois do fim, não sei o que virá, sei que o agora me permite explorar recantos de felicidade. O agora é meu e dela.
Fim, por agora.