Marcelo Rebelo de Sousa concorda com António Costa que “atropelar este ano letivo seria dramático”, mas não arrisca afastar liminarmente a hipótese de um recuo na decisão governamental de não fechar as escolas. Em entrevista à CMTV, esta segunda-feira à noite, o Presidente/recandidato foi claro: “Vamos esperar para ver”.
“Vamos esperar durante estes 15 dias [até à próxima renovação do estado de emergência]”, afirmou Marcelo, “veremos daqui a uma semana se as escolas tiveram um bom desempenho ou se há um agravamento na sociedade que lhes possa ser atribuído”.
Octávio Ribeiro, diretor da estação de televisão, que conduziu a entrevista, alertou-o para o facto de não se saber a génese de 80% das infeções. Mas o Presidente argumentou que “em relação às escolas há a possibilidade de se ir acompanhando os surtos”.
Pressionado pelos apelos de inúmeros responsáveis de Saúde Pública, entre eles o ex-ministro da Saúde de António Costa, Adalberto Campos Fernandes, para que se fechem as escolas se querem baixar mais rapidamente os números de infetados e, sobretudo, de mortos, o Presidente passou os últimos dias a fugir da questão.
Em sucessivas ações de campanha, questionado pelos jornalistas, escusou-se sempre a responder, apenas tendo deixado cair esta frase: “Não posso nem devo dizer mais”.
Esta segunda-feira, com a pressão sobre o fecho das escolas a aumentar, Marcelo alertou para o custo social que isso teria para alunos e respetivas famílias. Mas não fechou a porta a mudar de ideias, remetendo uma decisão para quando, daqui a menos de 15 dias, tiver que renovar o decreto sobre o estado de emergência.
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