Manuel Carlos, presidente da União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, chama “incompetente” à Associação Regional de Saúde do Algarve, em resposta às acusações de “puro aproveitamento político e desprezo pela necessária e fundamental comunicação e articulação institucional”, feitas pela ARS Algarve, em declarações ao jornal Correio da Manhã, a 2 de Agosto.
Ao POSTAL o presidente afirma ter tomado conhecimento do caso através de um funcionário da extensão do Centro de Saúde e decidiu tomar medidas, substituindo lâmpadas, arranjando a televisão e outras questões de “fácil resolução. Em apenas um dia, um técnico arranjou tudo e tudo ficou operacional”.
A intervenção teve como objectivo resolver necessidades urgentes para o bem-estar dos funcionários e dos utentes e, de acordo com o executivo, “a rotulagem acusatória desta intervenção, que a administração da ARS Algarve pretende passar, serve para tentar ocultar a sua inoperância e incompetência em resolver situações básicas que se arrastavam há muito tempo”.
“Daquilo que conheço, o Centro de Saúde de Olhão está no mesmo caminho. A ARS Algarve é incompetente e tinha de se desculpar de alguma forma, tinha de fazer alguma coisa para disfarçar essa incompetência” disse ao POSTAL Manuel Carlos.
ARS Algarve sabia da necessidade das intervenções desde Novembro de 2015
Foi com surpresa que o presidente da União das Freguesias de Moncarapacho e Fuseta observou as acusações da administração da ARS Algarve que, segundo Manuel Carlos, sabia da necessidade destas intervenções desde Novembro de 2015.
O executivo esclarece que “o presidente Manuel Carlos e os técnicos que efectivaram a intervenção, não entraram nas instalações sem autorização, tal como é acusado pela ARS Algarve. A autorização foi dada pelos funcionários, esgotados de esperar pela resolução dos problemas”.
Para Manuel Carlos esta atitude da ARS Algarve deve-se à actual época de eleições, sendo que “esta rotulagem não nos foi aplicada quando no final de 2015 colocámos funcionários e duas carrinhas à disposição, durante três semanas, para o transporte dos utentes da extensão da Fuseta, aquando das obras de melhoramentos do edifício, para a extensão de Moncarapacho e para o Centro de Saúde de Olhão; nem mesmo quando no Verão do ano passado, em Moncarapacho, arranjámos equipamento informático e parte da iluminação; ou em Outubro quando, na mesma unidade de saúde, arranjámos o ar condicionado”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)