O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o líder da oposição, Henrique Capriles, repudiaram hoje a violência naquele país, que provocou, pelo menos, três mortos, 23 feridos e 30 detenções, segundo informação das autoridades.
Nicolás Maduro, refere a Agência Lusa, condenou a onda de violência nas manifestações antigovernamentais, mas atribuiu-a a autores materiais e intelectuais. “Toda a informação que possuo indica autores materiais desta violência, mas também indica autores morais”, disse Maduro num discurso a partir do Estado de Aragua, no centro-norte, transmitido na estação de rádio e televisão.
Manifestações em Caracas e nas grandes cidades do país convocadas pela oposição para protestar contra o Governo de Maduro terminaram com incidentes que causaram a morte de, pelo menos, duas pessoas na capital, onde os manifestantes apedrejaram o Ministério Público e queimaram veículos da polícia.
Jornais Venezuelanos fazem manchete com protestos
De acordo com o jornal on-line venezuelano 2001, “o coordenador nacional do movimento Voluntad Popular, Leopoldo López garantiu que a manifestação de ontem decorreu em paz hasta até à Procuradoria Geral da República, onde se verificou a violência.”
Segundo o mesmo órgão de comunicação social Leopoldo López pediu que quem tenha vídeos dos factos os apresente. “Este é um Governo Frágil” cita o jornal referindo-se à mesma fonte que terá ainda dito “nós não temos medo, estamos do lado certo da história, da verdade, da justiça, da gente e dos pobres”.
López, assegura o 2001, garante que os protestos não ficam por aqui. Enquanto o jornal El Mundo, também da Venezuela, cita Maduro que diz “estamos perante um golpe de Estado em desenvolvimento na Venezuela”, enquanto promete que “não lhes iremos permitir mais ataques”.
(Com Agência Lusa, 2001 e El Mundo)