O Rio Ave somou hoje a sua primeira vitória na I Liga de futebol, ao bater o último classificado Farense pela margem mínima (1-0) na visita ao Estádio Algarve, com golo decisivo de Carlos Mané.
Em jogo da quinta jornada da prova, o extremo assinou o único tento da partida, aos 20 minutos, e ‘ofereceu’ os três pontos aos vila-condenses, que se mostraram mais fortes no primeiro tempo, defendendo depois a vantagem com segurança perante um Farense com muita bola, mas incapaz de criar perigo.
O Rio Ave subiu provisoriamente ao décimo lugar, com seis pontos, enquanto o Farense continua a ser o ‘lanterna-vermelha’ da prova, ocupando o 18.º posto com apenas um ponto somado.
Com as duas equipas em busca do primeiro triunfo no campeonato, o treinador do Farense chamou Cláudio Falcão novamente ao ‘onze’, face ao empate com o Famalicão (3-3), enquanto Mário Silva trocou quatro elementos em relação à derrota caseira com o Benfica (0-3).
Destaque, nos vila-condenses, para o regresso do internacional português Fábio Coentrão, de 32 anos, que esteve sem clube na época passada e não jogava oficialmente desde maio de 2019, então também com a camisola do Rio Ave.
O jogo arrancou praticamente com um lance polémico: logo no primeiro minuto, Amine desmarcou Ryan Gauld, que se antecipou ao guardião do Rio Ave e tocou a bola antes do choque entre os dois jogadores, mas o árbitro marcou falta do médio escocês antes de a bola entrar na baliza, inviabilizando a análise do vídeo-árbitro, sob muitos protestos dos locais.
Lucas Piazon já tinha ameaçado com um remate ao lado, aos 18 minutos, e dois minutos depois surgiu mesmo o golo dos forasteiros: Carlos Mané foi servido por Pelé junto à linha lateral, puxou para dentro e, à entrada da grande área, com o pé direito, rematou em arco, com a bola a sair perfeita, sem hipóteses para Rafael Defendi.
O Farense acusou, à semelhança do que aconteceu noutras partidas neste arranque de temporada, o tento dos vila-condenses e, principalmente a partir da meia hora, no pior período dos algarvios, começaram a suceder-se as oportunidades para o Rio Ave.
Ronan David atirou ao lado, de cabeça, aos 34 minutos, e no minuto seguinte voltou a desperdiçar nova ocasião – Eduardo Mancha cortou ‘na hora h’ -, enquanto aos 41, após erro de Mancha, Diego Lopes não aproveitou um contra-ataque em superioridade numérica.
Com um arranque de segunda parte incaracterístico, Sérgio Vieira demorou pouco para ‘abrir’ o ataque dos algarvios, com a aposta nos extremos Mansilla e Madi Queta, e a pressão do Farense intensificou-se, apesar de não resultar em oportunidades clamorosas.
À exceção de alguns remates para fora, só aos 70 minutos o perigo chegou junto à baliza de Kieszek, mas, após combinação entre Gauld e Mansilla, o jogador escocês, em boa posição dentro da área, atirou muito por cima.
Perante um Rio Ave que, no segundo tempo, praticamente não ultrapassou o seu meio-campo e nos minutos finais já só se preocupava em defender a vantagem, o Farense continuou a ter um ascendente, que nunca se expressou em ocasiões de golo.