Beatriz Lebre é o nome da estudante de psicologia, com 23 anos, que perdeu a vida no final do mês de maio, após Rúben Couto ter atirado o seu corpo ao rio Tejo, na zona de Santa Apolónia, em Lisboa, no dia 29 de maio.
Depois de ter sido detido e colocado em cela, o homicida de 25 anos acabou por colocar fim à sua vida, já no mês de julho.
Este sábado, Bruno Candé Marques, de 39 anos, perdeu a vida pelas mãos de um idoso de 80, enquanto ouvia música e passeava a sua cadela. O crime aconteceu em Moscavide, concelho de Loures, com a vitima a ser baleada com três tiros.
O idoso mostrava um comportamento racista com Bruno Candé Marques e já tinham discutido devido à sua cadela. Insultos por parte do idoso faziam, alegadamente, parte da interação entre ambos.
Os dois crimes, apesar de contornos diferentes, foram comentados pela mãe de Beatriz Lebre, que perdeu a sua filha, natural de Elvas, vitima do descontrolo e sentimento de posse e superioridade de Rúben Couto.
Paula Lebre escreveu “Neste país não racista e não machista, tem de se encontrar qualquer falha, qualquer imperfeição, qualquer pecado no comportamento da vitima que tinha originado o seu próprio homicídio por um agressor. Neste Portugal não racista e não machista, demasiadas vezes há pena pela morte das vítimas já assassinadas. Foi o que aconteceu com a minha filha Beatriz Lebre nas primeiras notícias, antes de a conhecerem”.
O racismo e o machismo são então os pontos que ‘interligam’ os crimes e que levaram Paula Lebre a expressar a sua opinião, depois da morte da filha de 23 anos.
O Chega sustentou ontem que a morte do ator Bruno Candé Marques é uma tragédia sem relação com o racismo. “Portugal é o país menos racista da Europa, talvez do mundo, pelo que só nos resta transmitir à família e amigos de Bruno Candé sentimentos de solidariedade e conforto”, acrescentaram.
Nas redes sociais gerou-se uma onda de comentários devido à morte de Bruno Candé Marques, que fizeram muitos questionar-se acerca do racismo em Portugal.