O Expresso sabe, no entanto, que as escavações tinham como principal objetivo encontrar ‘troféus’, como roupas ou outros objetos pessoais, retirados às alegadas vítimas sexuais de Christian Brückner, incluindo da criança inglesa desaparecida em maio de 2007 na Praia da Luz (Algarve).
Ao contrário do que chegou a ser avançado, esta operação em Hannover não se destina a encontrar corpos de possíveis vítimas do alemão, que se encontra a cumprir pena de prisão na Alemanha por tráfico de droga.
Há alguns meses, a BKA, a polícia alemã, encontrou fatos de banho de meninas e cerca de 8 mil imagens pedófilas escondidas numa autocaravana que Christian Brückner comprou em 2010. O veículo estava num terreno junto a uma fábrica abandonada, perto de Braunschweig, na Alemanha.
Esta semana, a imprensa inglesa revelou que nestas escavações em Hanôver a polícia encontrou uma cave secreta onde terá retirado alguns objetos como um saco de roupa suja, uma lona ou um balde azul. Mas, até ao momento, as autoridades germânicas mantêm-se em silêncio e não falam sobre o que detetaram no local.
Estas escavações são só o passo mais recente na investigação sobre Christian Brückner, que se tem recusado a prestar declarações. No início de julho, as autoridades portuguesas inspecionaram perto de Vila do Bispo (Algarve) três poços separados por cerca de 100 metros. Poços que originalmente serviam para rega das plantações agrícolas, mas não são utilizados há mais de 20 anos. No entanto, as buscas não produziram qualquer efeito.
A Polícia Judiciária está a colaborar neste caso com a BKA e com a britânica Scotland Yard. Em Portugal já foram interrogadas testemunhas que poderiam ter informações relacionadas com o suspeito.
A investigação voltou a ganhar fôlego há três anos depois das autoridades receberem a informação de que Christian Brückner se gabou num bar na Alemanha de estar envolvido no rapto da criança inglesa. Estava alcoolizado e deixou escapar a ‘bravata’ em maio de 2017, numa altura em que o décimo aniversário do desaparecimento de Maddie tinha devolvido o caso à ribalta, noticia o Expresso.