As histórias de amor e particularmente os casamentos constituem um marco fundamental da vida de muitas pessoas e podem também ajudar a contar a história de um concelho retratando vários aspectos da vida quotidiana ao longo dos tempos.
Num retrato de casamento, além de noivo e noiva, pode identificar-se a evolução das indumentárias que em cada momento da história constituíram a moda, nomeadamente quanto a fatos de homem e a vestidos de noiva, que acessórios usavam os noivos em cada época e em que locais costumavam as fotografias do ‘grande dia’ ser tiradas.
Ao mesmo tempo as fotografias permitem ver a evolução da tecnologia usada pelos fotógrafos, bem como a evolução da forma como em cada passo da história estes profissionais exerciam a sua arte, fixando na película e no papel fotográfico momentos únicos para a posteridade.
Este conjunto de informações e muitas outras é o que pretende reunir a equipa do Museu Municipal de Loulé tendo por base o acervo fotográfico deixado ao museu por um fotógrafo local de outros tempos, o Padre Guerreiro, em cujo estúdio se tiraram centenas e centenas fotografias de noivos antes de estes receberem a bênção da Igreja na sua união.
Além de fotografias de casamentos, retratos de família e individuais das gentes de Loulé e arredores integram este enorme acervo e desde Setembro de 2014, uma vez por mês, sempre na primeira quarta-feira, pelas 15 horas, na sala polivalente da Alcaidaria do Castelo de Loulé, tem assim lugar a iniciativa ‘Desculpe, como me chamo?”, que pretende dar nome e ‘corpo’ aos rostos das fotografias da colecção dos estúdios do fotógrafo Padre Guerreiro.
São 70 mil fotografias que integram o acervo da Fototeca do Museu Municipal, em diferentes suportes, os quais retratam os momentos marcantes da comunidade louletana nas décadas de 20 a 40 do século XX e para as desvendar o convite é dirigido a toda a população para conhecer de perto este interessante acervo e colaborar na identificação daqueles rostos e assim contribuir para a reconstrução histórico-social de Loulé nessa época.
Descubra quem é que conhece de entre os retratados pelas fotografias do Padre Guerreiro e descubra fotografias de familiares e amigos noutros tempos nesta iniciativa que pretende ajudar a dar nome aos rostos de Loulé.