A Câmara de Loulé e a Associação Dar i Acordar vão assinar, na próxima sexta-feira, pelas 9.45 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, um protocolo no âmbito do “Movimento Zero Desperdício”. A sessão contará com a presença do presidente da autarquia, Vítor Aleixo, e do presidente da associação, comandante António Costa Pereira.
A Dariacordar foi criada em Janeiro de 2011 com o fim de promover e contribuir para a recuperação e para a doação de excedentes de um modo geral, e de excedentes alimentares em particular. Em 16 de Abril de 2012 lançou o Movimento Zero Desperdício.
Esta iniciativa tem como “objectivo o aproveitamento dos excedentes alimentares, nomeadamente perecíveis e confeccionados, que se encontrem em perfeitas condições para consumo, junto de quaisquer entidades públicas ou privadas, com a exclusiva finalidade de prover necessidades sociais prementes que atingem grupos sociais carenciados”, refere a autarquia louletana em nota de imprensa.
O protocolo que será firmado com a Câmara de Loulé tem como “finalidade o estabelecimento de acções de cooperação e facilitação entre as partes, no sentido e com o objectivo de conseguir e canalizar a maior oferta possível de doação de excedentes alimentares em prol do município e facilitar e apoiar a que as mesmas cheguem a quem delas efectivamente necessita”.
Actualmente o desperdício alimentar é uma realidade negativamente presente no nosso quotidiano, de considerável dimensão, que representa um problema global e transversal para o qual é necessário encontrar caminhos e estratégias que o minimizem e solucionem. Desta forma é fundamental, definir e implementar medidas e assumir compromissos que coloquem a sociedade no caminho do desperdício zero ao longo de toda a cadeia alimentar, criando-se uma rede zero desperdício na cidade de Loulé, com todas as entidades envolvidas na disponibilização diária de produtos alimentares, associações de comércio e restauração, entidades oficiais, estabelecimentos turísticos, entre outros.
Numa hierarquia de combate às perdas alimentares, uma primeira solução que está ao nosso alcance “é redireccionar os alimentos para a alimentação humana, salvaguardando a qualidade, higiene e segurança alimentar, assumindo-se esta acção como um complemento às respostas sociais já existentes no território”, conclui a autarquia louletana.