No ano em que o livro “Utopia” (1516-2016), de Thomas More, completa quinhentos anos, a Câmara de Loulé presta homenagem a esta obra incontornável da literatura mundial que marcou as ideias da Humanidade para um mundo melhor.
A autarquia irá, desta forma, recordar os seus “utópicos” louletanos que sonharam e construíram a cidade, à semelhança dos cidadãos da ilha Utopia, os utopianos, e a personagem principal da história, Rafael Hitlodeu, um viajante, comerciante e sábio português que conheceu e relatou a ilha da Utopia.
Assim, em jeito de homenagem à “Utopia”, aos nossos “utópicos” e à amizade que uniu Thomas More a Rafael Hitlodeu, os comerciantes da Praça da República apresentam as suas montras com criatividade, inspirados por esta obra, num repto lançado pela Câmara de Loulé: “O caminho do sonho Utopia e os nossos utópicos na Praça da República”, iniciativa que decorre durante o mês de Julho.
De salientar que “Utopia” foi lançada em 1516. O nome da obra, com origem no grego: onde “u” é um advérbio de negação e “tópos” significa lugar, portanto, refere-se a um “não lugar”, ou seja, um lugar inexistente. Foi esse o modo irónico como o pensador baptizou sua sociedade perfeita. A partir dessa obra, a palavra “utopia” tornou-se sinónimo de uma sociedade ideal, embora de existência impossível, ou uma ideia generosa, porém, impraticável, dando uso mais amplo do então neologismo “utopia”.