O presidente do Chega acusou hoje o primeiro-ministro, António Costa, de protagonizar uma mensagem de Natal “vazia”, só com afetos, à imagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
“O que fica é uma mensagem vazia, supérflua, sem qualquer conteúdo político real, de um Governo minoritário, provavelmente a chegar aos últimos tempos da sua governação. António Costa quis fazer uma espécie de exercício à Marcelo Rebelo de Sousa, transmitir afetos, vazios, sem qualquer sustentabilidade em termos de medidas e isso é muito errado num primeiro-ministro”, disse André Ventura.
O também candidato presidencial do Chega afirmou que Costa “quis transmitir esperança e acabou por transmitir mais preocupação” aos cidadãos portugueses.
“Não foi capaz de, para lá dos afetos, explicar coisas que aos portugueses interessavam como a vacinação, o plano de apoio aos setores mais fragilizados como comércio, restauração e turismo”, lamentou.
O chefe do executivo do PS manifestou na sexta-feira esperança na recuperação do país, após um ano de “combate, dor e resistência” por causa da pandemia de covid-19, num discurso de “especial gratidão” aos profissionais de saúde.
“Veio dizer que tem esperança, que 2021, provavelmente, será um ano de ultrapassagem de alguns problemas, mas não conseguiu dizer porquê nem em que é que o Governo contribuirá para isso”, criticou o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar.
Segundo o deputado único da recém-formada força política nacional-populista, “fica um primeiro-ministro que saúda os profissionais da saúde e expressa a gratidão” que todos sentem, mas “sem explicar como vai apoiar, que prémio vai atribuir” àqueles que têm estado na linha da frente do combate à pandemia.
“Certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz”, admitiu Costa, prometendo não regatear esforços para combater a pandemia e aliviar o sofrimento dos portugueses.