O principal suspeito da rede criminosa desmantelada pela PSP esta sexta-feira é Paulo Batista, alegado líder do negócio do tráfico de armas no Algarve. Na operação foram detidos mais cinco suspeitos.
Paulo Batista esteve já detido e fugido à Justiça. Foi um dos principais arguidos dos casos “Passerelle”, uma rede rede de casas de striptease suspeita de fraude fiscal, e do “Máfia da Noite”, onde os suspeitos foram acusados de extorquir dinheiro a proprietários de estabelecimentos de bares e discotecas em Lisboa em troca de serviços de segurança.
No processo “Máfia da Noite” foi condenado a seis anos e três meses de prisão efetiva, por dois crimes de extorsão, e no “Passerelle” esteve pronunciado por 186 crimes e foi condenado a um ano e nove meses.
Paulo Batista era cúmplice de Alfredo Morais, ex-agente da PSP que liderava o negócio ilegal da noite lisboeta.
Em 2009, foi emitido um mandado de detenção internacional aos dois homens. Paulo Batista acabou por se esconder em Ibiza, como chefe de segurança de uma discoteca, onde acabou por agredir fatalmente um colega. Depois do homicídio entregou-se às autoridades, tendo estado preso preventivamente em Espanha e depois em Portugal, cumprindo sete anos de prisão.
OPERAÇÃO “SCORPION”
A operação da PSP “de grande envergadura”, designada Scorpion, decorreu desde as 5h da madrugada desta sexta-feira, tendo como objetivo o “cumprimento de mais de cinco dezenas de mandados de detenção e mandados de busca (domiciliária e não domiciliária)”. Estiveram envolvidos na operação “cerca de 200 polícias”.