A fábriga Congelagos foi inaugurada na passada sexta-feira, dia 22 de março, pela ministra do mar Ana Paula Vitorino. Trata-se de uma unidade de congelação e transformação de produtos da pesca, instalada na freguesia de Odiáxere, que vai dar trabalho a 75 pessoas e criar um número acrescido de postos de trabalho indiretos.
É um projeto de investimento privado do Grupo Battaglia Capital, que, tendo sido considerado como estruturante para o setor das pescas a nível nacional, contou com financiamento do programa Operacional Mar2020, no âmbito do Portugal 2020. Equipada com tecnologias de processamento, produção de frio e congelação das mais avançadas, esta unidade tem capacidade para processar 300 toneladas diárias de pescado, produzir diariamente 24 toneladas de gelo e armazenar 5.400 toneladas de congelados.
Na apresentação da fábrica, Nuno Battaglia, líder do projeto, explicou que o mesmo “está baseado no conceito de sustentabilidade de 360º, uma vez que privilegia o processamento de espécies subvalorizadas, como o carapau e a cavala, corrigindo os desequilíbrios que existem no mercado. Esta opção permite estabilizar os valores que se pagam aos pescadores por este tipo de pescado, aumentando o seu rendimento e, consequentemente, a sua capacidade para a modernização das embarcações. A captura da cavala e do carapau tem, por outro lado, um impacto positivo na recuperação de espécies como a sardinha, que não se consegue só com o mecanismo das quotas e da proibição de captura”. Algo emocionado, o empresário agradeceu “o apoio recebido neste regresso a casa, após três décadas a residir nos EUA”, salientando que “escolheu Lagos para fazer este investimento pela sua ligação afetiva a esta terra”.
No uso da palavra, a presidente da Câmara de Lagos congratulou-se pela instalação desta unidade, que, tratando-se de um investimento privado, “é sinal de que o território tem atratividade suficiente para despertar o interesse dos investidores, fixar empresas e gerar riqueza”.
Maria Joaquina Matos referiu-se ao acontecimento como “um momento muito bom para Lagos, para os lacobrigenses, para a região e para o país, (…) que ficará guardado na nossa memória individual e coletiva”, por não ser “todos os dias que se testemunha a inauguração de uma fábrica com esta dimensão, em termos de investimento, de inovação, de capacidade produtiva e de empregabilidade”.
(CM)