A autarquia lacobrigense aprovou, na sua última reunião ordinária, a adesão do município ao “Unidos Contra o Desperdício”. Trata-se de um movimento cívico que pretende chamar a atenção para o desperdício alimentar e encontrar formas de o minorar, tornando habitual o aproveitamento de excedentes alimentares, alertando para perdas e desperdícios, incentivando a doação de sobras, promovendo o consumo responsável e construindo uma verdadeira Economia Circular.
O movimento classifica de “irracional, do ponto de vista económico, e injusto, do ponto de vista social e ambiental, o facto de, atualmente, 30% dos alimentos produzidos acabarem no lixo”.
“Acabar com essa realidade passa por consciencializar e mudar atitudes, ao longo de toda a cadeia, impactando os que produzem, os que fabricam, os que transformam, os que embalam, os que transportam, os que consomem e os que descartam os resíduos”, desta a autarquia de Lagos em comunicado.
Esta iniciativa da sociedade civil, que nasceu a 29 de setembro de 2020 – Dia Mundial de Consciencialização para as Perdas e o Desperdício Alimentar, instituído pelas Nações Unidas, tem o Alto Patrocínio da Presidência da República, congregando um número já considerável de entidades públicas e privadas, que se assumiram, desde a primeira hora, como “Parceiros Fundadores” ou têm vindo a associar-se como “Parceiros Operacionais”, “Parceiros Comunicadores” e “Parceiros Aderentes”, grupo onde se enquadra a Direção-Geral das Autarquias Locais e que passa a contar agora, também, com a participação do município de Lagos.
O compromisso assumido, passa, para além da subscrição do manifesto, pelo desenvolvimento de medidas concretas, como sejam, a difusão de informação, a adequação de procedimentos e a partilha de boas práticas.
Neste âmbito a Câmara de Lagos salienta “a ação de sensibilização promovida através das redes sociais no passado dia 16 de outubro, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, assim como as opções tomadas no último concurso para o fornecimento de refeições escolares, em que foi introduzida a opção vegetariana e revista a composição dos lanches escolares”.
Outra das ações a assinalar foi “a revisão da composição do cabaz alimentar que é atribuído pela autarquia a agregados familiares beneficiários de apoio social”.
Planeada está já, igualmente, “a produção e distribuição de um manual, contendo um conjunto de dicas e sugestões para ajudar a melhorar os hábitos alimentares dos munícipes, o qual pretende promover uma alimentação saudável, mas simultaneamente saborosa e económica. A comunicação através das redes sociais será outra das vertentes a manter neste trabalho de sensibilização para a redução do desperdício alimentar”.