Pedro e a Inês são dois amigos de Portimão que aos 26 anos perceberam que a cultura e tradições do Algarve estavam a perder-se perante uma nova geração de jovens.
“A ideia era tirar a cultura dos livros e das paredes e colocá-la em movimento nas ruas, utilizando para isso peças de roupa com um conceito streetwear, com o qual os jovens se identificam”, explicam em comunicado de imprensa enviado à nossa redação.
Estes dois jovens representam orgulhosamente o Algarve e consideram-se “uma marca inclusiva”. Atuam sobre os valores do ativismo, são “no gender” e preparam-se para lançar “só coleções amigas do ambiente”. Para além da mensagem cultural, também querem contribuir para uma nova forma de definição de consumo, “somos todos responsáveis pela forma como tratamos e cuidamos do mundo, a industria têxtil é uma das mais poluentes, ao criarmos a .DDW definimos que os nossos valores passariam pela educação através das nossas peças de roupa, é urgente repensar a forma como consumimos se queremos continuar a consumir durante muitos mais anos”, explica Inês COO da .DDW.
A .DDW nasceu de um processo autodidata, Pedro é designer e Inês gestora de projetos na área social, uniram as suas competências e vontade de fazer acontecer para lançarem a primeira coleção em 2017, mas a .DDW já vinha a acompanhar Pedro desde 2015 “sempre gostei de moda, de desenhar peças, de pensar no conceito e em 2015 crio a .DDW com um amigo, sendo ‘apenas’ uma marca de roupa. Paramos em 2016 para repensar o modelo e agora estamos mais conscientes e alinhados por um objetivo maior”, explica Pedro, CEO da .DDW.
Pedro e Inês querem representar uma nova geração, todos aqueles que fazem acontecer e não se acomodam, apelidam-nos de “wonders” e inspiram-se neste manifesto que criaram: “Nós nascemos porque não esperamos, não esperamos pela oportunidade certa.
E tu se estás a ler isto é porque também não esperas e fazes acontecer.
É porque a tua oportunidade é quando te focas, é quando sentes que a inércia não se pode acomodar.
Deixa o coração bater à velocidade que ele quiser, segue-o.
Inspira-te e rodeia-te das tuas origens, absorve os cheiros, os sons e o que vês.
Desfruta ao máximo das pessoas, são elas que nos fazem ser, e querer mais.
São elas que nos fazem acreditar que o amanhã não é o nosso ritmo. O amanhã é agora.
E o agora já está a acontecer”.
(CM)