A partir de hoje, os turistas de fora da União Europeia deixarão de colecionar os tradicionais carimbos nos passaportes ao entrar e sair do espaço Schengen. A mudança faz parte da implementação do novo Sistema de Entrada e Saída (EES), que digitaliza o processo de registo de visitantes de países terceiros, visando um controlo de fronteira mais eficiente e seguro.
O EES, um sistema automatizado de registo, é, de acordo com o Executive Digest, um dos mais recentes passos da UE para modernizar a gestão de fronteiras. Com o objetivo de reduzir burocracia e reforçar a segurança, este novo sistema substitui o carimbo físico por um registo digital das entradas e saídas. O sistema abrange 29 países do espaço Schengen, incluindo os 27 Estados-membros da UE e países como Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein.
O objetivo é duplo: substituir o antigo sistema de carimbos e melhorar o controlo de estadias. Com a mudança, as entradas e saídas de cidadãos não-europeus passarão a ser registadas num banco de dados centralizado, que também recolhe dados biométricos, como impressões digitais e fotos faciais. Este sistema não só permite um controlo mais rigoroso da duração das estadias, mas também ajuda a identificar possíveis violações de permanência, permitindo uma resposta mais rápida das autoridades.
Este processo de digitalização insere-se num projeto maior da UE, que pretende reforçar a segurança com tecnologia biométrica. E, embora o EES entre em vigor ainda este ano, ele será complementado pelo Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem (ETIAS) a partir de 2025. Semelhante ao sistema ESTA dos Estados Unidos, o ETIAS exigirá que cidadãos de países isentos de visto obtenham uma autorização para entrar no espaço Schengen. A autorização terá um custo de 7 euros e será válida por três anos.
Enquanto o EES se concentra no registo de entrada e saída, o ETIAS terá como foco a análise de segurança e risco, ajudando a identificar ameaças antes da entrada no espaço Schengen.
Para muitos viajantes, o fim dos carimbos representa o fim de uma era nostálgica. Contudo, para a União Europeia, esta transição nos passaportes é um passo necessário para otimizar o fluxo de visitantes, reduzir o tempo de espera nas fronteiras e garantir maior segurança.
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